Patinhas Sem Lar: Mais de 190 mil euros para construir novo abrigo até ao final do ano

Maqueta 3D do novo abrigo da Patinhas Sem Lar - Foto: DR

A Associação Patinhas Sem Lar foi contemplada com uma verba de 194 mil euros para a construção de um novo abrigo para animais. O valor foi atribuído no âmbito de uma candidatura aos fundos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). A associação já tem o dinheiro e o projeto, mas falta o terreno. A obra terá de ser feita até ao final do corrente ano.

Cerca de duas centenas de cães e gatos, que se encontram nas atuais instalações precárias da Patinhas Sem Lar, estão abrangidos pelo novo projeto da associação. A candidatura foi feita em dezembro passado, para uma verba aproximada de 150 mil euros, mas o ICNF entendeu que a Patinhas Sem Lar tinha capacidade para desenvolver este novo abrigo e contemplou-a com mais 45 mil euros (194.175,00 euros). O projeto dos Arquitetos Alexandre Oliveira e Miguel Lopes da Costa da empresa AOMC arquitetos associados, irá contar com o projeto de engenharia de Ricardo Dória Duarte (ambos pro bono), abrangendo a construção de novos abrigos caninos e felinos (110 cães e 98 gatos), com várias boxes, compartimentos de isolamento e/ou quarentena, sala de tratamento/esterilização, parques de exercício, parques de matilha ou equiparado, sistemas de proteção contra incêndios e um abrigo para gatos envolvidos em programas CED (Capturar-Esterilizar-Devolver).

Ana Paula Castro, uma das responsáveis pela Patinhas Sem Lar, mostrou-se entusiasmada com o projeto e rapidamente tratou de fazer diligências: Mal soube da atribuição desta verba, liguei de imediato ao presidente da Câmara, Miguel Reis e à vereadora Maria Manuel Cruz e manifestei a intenção da associação continuar a colaborar com o Município na recolha, tratamento e adoção dos animais e da necessidade de termos um terreno para implementarmos este nosso projeto”.

ATUAL ABRIGO NÃO TEM CONDIÇÕES

O atual abrigo canino está localizado em Silvalde, num terreno que foi cedido há cerca de quatro anos, a título precário, pelo empresário Manuel Salgueiro. Contudo, segundo Ana Paula Castro, “o atual abrigo não tem condições” e, por isso, mais cedo ou mais tarde a associação terá de sair dali.

A dirigente mostra-se ainda mais preocupada com as condições do atual gatil, que está a funcionar no antigo Matadouro Municipal. “Chove dentro daqueles armazéns e não acredito que a Câmara Municipal venha a investir ali”, revela Ana Paula Castro, que deposita enormes esperanças no arranque de um novo espaço que terá a capacidade para acolher, com boas condições, todos os animais que estão ao cuidado da associação.

Artigo completo na edição de 5 de janeiro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.