Operação Vórtex: Na sequência das diligências no âmbito da operação Vórtex levado a cabo pela Polícia Judiciária, o presidente da Câmara Municipal, Miguel Reis, renunciou ao mandato.
Na sua página pessoal do Facebook o autarca explica a situação: “Na sequência das diligências efetuadas no âmbito da Operação Vórtex, tomei, de livre e espontânea vontade, a decisão de renunciar, com efeitos imediatos, ao mandato para o qual fui eleito na Câmara Municipal de Espinho e, consequentemente, nas instituições onde, por inerência de funções, representava a autarquia. Uma renúncia que se estende às funções que exercia nos diferentes níveis de organização do Partido Socialista.
Faço-o de consciência absolutamente tranquila e reiterando, de forma inequívoca, a minha inocência perante as acusações que me são imputadas e repudiando, de forma veemente, as informações e acusações falsas e sem a mínima correspondência com a realidade que foram sendo avançadas nos últimos dias, com particular repulsa pela manchete que hoje mesmo foi publicada por um órgão de comunicação social.
Com esta decisão, espero, desde logo, resguardar a minha família dos efeitos nocivos da exposição mediática associada ao exercício de funções como Presidente da Câmara Municipal, permitindo a minha plena defesa, mas salvaguardar também o normal funcionamento da instituição Câmara Municipal de Espinho e garantir que a autarquia poderá continuar empenhada e focada no desígnio que entendo ser o mais importante – defender Espinho e os Espinhenses e trabalhar na construção de um futuro melhor.
Sempre encarei o exercício de funções autárquicas e a participação na vida política como um ato desinteressado de cidadania ativa. Aliás, como fiz questão de vincar publicamente no momento da tomada de posse, repetidamente defendi não ser Presidente de Câmara e apenas estar como Presidente de Câmara, encarando esta função com espírito de missão e como um mero lugar de passagem.
Foi com este espírito de desapego e independência que sempre mantive uma voz ativa em defesa de Espinho e dos Espinhenses, alertando, antes e depois de exercer funções autárquicas e em diferentes momentos e fóruns, para alguns dos factos e das práticas que agora constituem a base e a essência desta investigação e que não incidem em atos por mim praticados ou durante a vigência do meu mandato.
Continuarei, portanto, como até agora, disponível para colaborar de forma ativa com as autoridades no apuramento dos factos e da plena extensão e alcance desta investigação, confiando que, no momento oportuno e nas instâncias adequadas, a verdade será integralmente restituída”.
Álvaro Monteiro poderá assumir a presidência
Com a renúncia de Miguel Reis ao mandato, Álvaro Monteiro, o número dois na lista e atual vice-presidente, poderá assumir a presidência da autarquia. A decisão deverá ser tomada, em breve, pelo executivo e pelo próprio.
Médico de profissão, Álvaro Monteiro exerce atualmente as funções de diretor da Unidade de Gestão Integrada do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. No caso de assumir o cargo de presidente de Câmara, terá de abdicar das funções que desempenha no hospital.
Notícia em atualização