Delegação de Espinho da Cruz Vermelha lida diariamente com a dificuldade de conseguir doações de bens alimentares (Fotografia: Sara Ferreira)

A situação era difícil, mas a pandemia e a guerra com o acrescento da inflação, só vieram trazer um manto ainda mais escuro. Em Espinho, são cada vez mais os pedidos de ajuda, mas, mesmo com dificuldades, as instituições espinhenses lutam, mais do que nunca, para que ninguém fique para trás.

O cenário não é positivo. Depois de uma pandemia que apanhou tudo e todos de surpresa, de uma guerra que ainda perturba e com uma inflação que insiste em tornar tudo mais difícil, a população portuguesa está mais pobre. A conclusão é da Pordata que, no fim de 2022, veio colocar o dedo na ferida, confirmando que Portugal foi o país da União Europeia onde a pobreza mais cresceu, situando-o na 13º posição dos mais pobres.

Em Espinho, à semelhança do resto do país, a situação atual não é a mais sorridente. De acordo com Leonor Lêdo da Fonseca, vereadora da Divisão de Saúde e Intervenção na Sociedade da Câmara Municipal, “nota-se um agravamento das dificuldades das famílias, principalmente com filhos a cargo, idosos e desempregados”. Além disso, há “mais pessoas em risco de pobreza e exclusão social, o que é, de facto, uma preocupação”, revela.

Segundo as estatísticas da Pordata, em 2020, comparando com o ano anterior, a pobreza aumentou 12,5%.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 12 de janeiro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€