A Comissão Política Concelhia de Espinho do Partido Social Democrata (PSD), em comunicado manifesta “surpresa e enorme preocupação pelo futuro do concelho” face aos mais recentes acontecimentos relacionados com a liderança do Município de Espinho.
Numa nota tornada pública, o PSD Espinho sustenta que o projeto vencedor das eleições está “fortemente comprometido” e, por isso, considera que “a equipa que agora fica está irremediavelmente fragilizada, cujos nomes não foram sufragados pelos espinhenses para a liderança da Câmara Municipal de Espinho” e que entende “estarem em grandes dificuldades para desenvolver tão exigente tarefa como a de governar um concelho”.
Neste sentido, o PSD de Espinho anuncia que os seus vereadores “encontram-se totalmente disponíveis para acompanhar a renúncia do executivo socialista permitindo assim, a devolução da voz aos espinhenses”.
O PSD de Espinho considera que “no primeiro ano de mandato do novo executivo socialista na Câmara Municipal de Espinho, foi por demais evidente que a composição da lista não havia sido propriamente criada para a boa gestão executiva do Município. Isso pode constatar-se também pelo facto de que a esmagadora maioria das competências estavam concentradas num homem só, o presidente da Câmara, Miguel Reis.
A renuncia ao mandato por parte do presidente de Câmara eleito, ato que se explica pela situação por todos conhecida e relacionada com a operação Vórtex, assume assim enorme gravidade, na medida em que a liderança do projeto sufragado pela população deixou de ter mentor.
Como se isso já não fosse suficiente, fomos novamente surpreendidos quando, através das redes sociais e comunicação social local, soubemos que a cadeira da presidência seria ocupada, pelo terceiro nome da lista do Partido Socialista à Camara Municipal nas últimas eleições.
O esclarecimento, tivemo-lo pela manhã do dia seguinte, com a informação difundida pelas redes sociais de que entrariam dois novos vereadores para o executivo PS confirmando-se, surpreendentemente, a renúncia também do vice-presidente.
O que está a acontecer é demasiado grave, subvertendo o acto eleitoral de setembro de 2021.
Não olhando para nomes, mas sim para a competência e capacidades exigidas em matérias tão exigentes como a Gestão Financeira; Obras Públicas, Urbanismo, Transportes e Mobilidade, Licenciamentos; Planeamento Estratégico; Serviços Básicos, Proteção Civil, entre muitos outros, quem do novo executivo se aventurará?
Sob tão grandes responsabilidades a gerir, interrogamo-nos sobre as condições, ou falta delas, para tomar decisões políticas relevantes, dando seguimento legal aos vários processos e desenvolvimento que o concelho de Espinho exige”.
Para o PSD de Espinho, “esta situação, gravemente lesiva dos interesses dos espinhenses, e que assenta numa tentativa de negação dos graves acontecimentos que levaram a este ponto, deveria ser alvo de uma introspeção por parte do Partido Socialista, em defesa da democracia e dos espinhenses.
O PSD Espinho, como partido responsável que é, confia no funcionamento da justiça nomeadamente responsabilizando todos aqueles que tenham prevaricado, sejam eles quem forem e não pode deixar de manifestar a sua grande preocupação pela situação sendo certo também que não deixará de defender os interesses de todos e todas as espinhenses.
É importante que, todos, tenhamos a consciência da gravidade da situação que vivemos, e esperamos que o Partido Socialista saiba tirar as devidas ilações”, conclui.