Acácias-de-espigas e acácias-negras devem ser destruídas, sob "supervisão oficial". Fotografia: Sara Ferreira/DE

A autarquia silvaldense usou as redes sociais para dar a conhecer o aviso do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que alerta para a existência de uma praga de Xylella Fastidiosa nos terrenos da Rua do Porto, entre o Complexo de Ténis de Espinho e o quartel dos bombeiros. Proprietários devem proceder à “destruição imediata” das plantas infetadas.

Esta terça-feira o ICNF anunciou um conjunto de medidas fitossanitárias para fazer face à deteção da bactéria Xylella Fastidiosa no lugar de Sales, em Silvalde. No edital afixado na Junta de Freguesia pode ler-se que perante a impossibilidade de contactar os proprietários dos terrenos infetados, este aviso servirá para notificar a “obrigatoriedade de procederem à implementação imediata (no prazo máximo de 10 dias)” das medidas de erradicação.

As plantas infetadas pertencem às espécies acacia longifolia e acacia melanoxylon, popularmente conhecidas como austrálias. Além do seu abate, fica ainda proibida a plantação de “vegetais especificados suscetíveis” à bactéria encontrada.

Antes da destruição das plantas, o ICNF refere que é necessário realizar um “tratamento inseticida”. Por isso mesmo, os proprietários devem entrar em contacto com a Divisão de Gestão Florestal do Norte Litoral, pelo menos 48h antes do abate.

A Xylella Fastidiosa é originária da América do Norte e é considerada uma “praga de quarentena” pela União Europeia. Desde 2013 tem vindo a ser reportada a sua existência em floretas europeias, nomeadamente em Itália, França, Alemanha, Espanha e Portugal. Em território luso foi encontrada pela primeira vez em 2019 no concelho de Vila Nova de Gaia e, posteriormente, em Santa Maria da Feira e no Porto. Os principais sintomas nas árvores são o aspeto queimado dos rebentos e a murchidão das folhas, que podem levar até à morte destas.