Um dos valores mais seguros da I Liga, Filipe Relvas, é o jogador mais utilizado do Portimonense na presente temporada. O espinhense é o segundo jogador de campo com mais minutos no campeonato e mantém os pés bem assentes na terra, na hora de olhar para o futuro.
Que análise faz da época do Portimonense até ao momento?
Começamos a época muito bem, com o pé direito, mas depois passamos por uma fase menos boa, e agora também estamos numa fase que não é melhor. Ainda assim, penso que estamos a tempo de fazer uma época muito consistente, e de, no mínimo, tentar igualar os pontos da época passada.
No ano passado, a equipa também tinha começado bem a época e depois quebrou ligeiramente de rendimento. Porque acha que isso aconteceu em dois anos consecutivos?
Sinceramente, acho que não tem explicação. No ano passado, as pessoas perguntavam-nos muitas vezes porque é que pontuávamos muito fora e em casa nem tanto. Era estranho, também penso que seria coincidência, até porque este ano pontuamos muito mais em casa do que fora. Acho que as equipas ‘pequenas’ que fazem uma boa primeira volta, não conseguem igualar o rendimento na segunda volta, talvez porque a expectativa fica maior. Esta situação pode ter acontecido connosco no ano passado, mas, este ano, nem tanto. Já no final da primeira volta não acabámos tão bem. Não acho que há uma explicação, simplesmente as coisas às vezes não correm tão bem, temos momentos bons e maus, como todas as equipas. Acho que estamos num momento que não é o melhor, mas ainda temos 10 jogos para dar a volta e acabar a época muito bem.
Que análise faz da época a nível individual?
Está a correr muito bem, sinto que estou a crescer cada vez mais. No ano passado, estava adaptado a uma posição que não é a minha, este ano comecei a jogar sempre a central, onde me sinto melhor, se bem que, nos últimos três ou quatro jogos joguei a lateral e também me tenho sentido bem. Agora, tenho de continuar a crescer e saber estar pronto para as posições que entenderem que são as melhores para mim e para ajudar a equipa. Quero continuar a fazer igual ao que tenho feito, ou melhor, até ao final da época.
Acha que a experiência que teve como lateral torna-o num melhor central?
Exatamente. Penso que, ao jogar a lateral vários jogos, fico com rotinas que me podem beneficiar a central. Sinto que, se agora tivesse que voltar a central outra vez, visto que já fiz vários jogos nas últimas duas épocas a lateral, as dinâmicas do jogo iriam ser muito mais fáceis a nível físico, apesar de nada ser fácil. A adaptação habituou-me a fazer coisas diferentes, que me tornam num central mais capaz, melhor em todos os aspetos.
Artigo completo na edição de 30 de março de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.