Mochos sem condições para trabalhar, mas com a mira na Taça dos Campeões de badmínton

Foto: Francisco Azevedo

A equipa de badminton da Académica de Espinho vai à fase final da Liga de Clubes da 1.ª Divisão, que irá realizar-se a 29 e 30 de abril, nas Caldas da Rainha. Os academistas, não obstante as dificuldades que têm tido para a realização de treinos, prometem fazer uma surpresa, chegando à final.

Foram praticamente dois meses sem um espaço para treinar, com os sacos às costas e a improvisar no exterior para, pelo menos, não estarem parados. Os jogadores da Académica, preparam-se agora, com afinco, mas ainda longe das condições mais apropriadas, para a principal prova do badmínton nacional. Se alcançarem a tão ambicionada final da Liga de Clubes, os espinhenses poderão escrever uma página no historial do clube do mocho, ganhando o direito de participarem na Taça dos Clubes Campeões Europeus.


“Os atletas gostam muito de jogar provas em que representam o clube e a Liga de Clubes”, explica o diretor da secção na Académica e presidente da Associação de Badmínton de Aveiro, Augusto Ínsua Pereira. “Sempre participámos com grande esforço financeiro, porque os atletas sentem-se muito motivados e ajudam-se uns aos outros. Neste sentido, o nosso objetivo não foi mais do que a simples participação num espírito de camaradagem”, acrescenta o responsável.


Augusto Ínsua Pereira recorda que, em 2020, a Académica de Espinho esteve perto de chegar à final da Liga de Clubes. “A nossa opção, desde o início, era não participarmos na Taça dos Cubes Campeões Europeus porque tínhamos quatro atletas que iam jogar nos Jogos Mundiais Universitários, na China. Não poderíamos estar nas duas provas. Mas não fizemos nem uma coisa nem outra por causa da pandemia”.

Luta desigual, mas há que manter a filosofia

A Académica de Espinho compete na 1.ª Divisão da Liga de Clubes de badmínton onde estão, segundo Augusto Ínsua, “equipas que subsidiam os seus atletas”. No Che Lagoense, por exemplo, que “é, sem dúvida, a melhor equipa nacional, quase todos os jogadores são oriundos de outras zonas do país e são subsidiados. O mesmo acontece com o CDR Prazeres, que tem um ou dois atletas madeirenses e todos os atletas são subsidiados”, aponta o dirigente, salientando que os atletas academistas “pagam para jogar badmínton” pois “não pagamos a ninguém para vir jogar pela Académica de Espinho”. E dá um exemplo concreto: “Na última participação na Liga de Clubes, no Algarve, foram os atletas que pagaram as refeições”.

Artigo completo na edição de 6 de abril de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.