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Sofia Gonçalves faz parte de uma das equipas de andebol mais consistentes da temporada, o Clube Jovem Almeida Garrett (Vila Nova de Gaia), que apenas perdeu por duas ocasiões. Apesar de apenas ter 21 anos, a atleta é uma das mais velhas e assume que regressou ao clube para relançar a carreira.

Que análise faz da temporada do Clube Jovem Almeida Garrett até ao momento?

De momento, a nossa temporada está a correr bem. Estamos em primeiro lugar do nosso grupo, vamos passar à próxima fase e disputar o primeiro lugar nacional da Segunda Divisão. O nosso objetivo é subir de divisão, e, para já, só perdemos um jogo. A derrota aconteceu na primeira fase do campeonato e depois perdemos outro jogo para a Taça de Portugal. Mas o nosso objetivo não era a Taça, portanto não ficámos muito desagradadas. De forma geral, a presente temporada está a correr muito bem.

A nível individual, que análise faz do seu rendimento até ao momento?

Na minha opinião, tenho realizado um trajeto ascendente em todos os clubes que representei. Esse trajeto resulta no crescimento, não só como jogadora, mas também, como atleta e como pessoa. De maneira geral, acho que tenho crescido e realizado uma boa época.

Qual é o segredo para a equipa só ter duas derrotas em toda a temporada?

O nosso segredo é o trabalho que realizamos. A verdade é que trabalhamos muito no Almeida Garrett, temos muitos e bons treinos, e, a juntar a isso, temos um acompanhamento extremamente competente da equipa técnica. As condições que dispomos são incríveis e não tenho dúvidas que há muitos clubes da Primeira Divisão que não têm condições tão boas. O trabalho que realizamos é essencial, para além de termos atletas com muita qualidade.

Tendo em conta os resultados que o Almeida Garrett tem apresentado, acha que esta é a melhor equipa onde já jogou?

Contextualizando, a verdade é que já tive algumas experiências noutras equipas. Já tive a oportunidade de jogar na Primeira Divisão, com o Alpendorada, mas, sinceramente, acho que sim. Esta é a melhor equipa em que já estive. Temos muito potencial e ainda somos uma equipa muito jovem. Somos um grupo muito bom, e, na minha opinião, temos chances de poder chegar ainda mais longe.

Antes de ingressar no Alpendorada já tinha estado no Almeida Garrett e agora voltou. Porque tomou essa decisão? Quando ingressei no Alpendorada, ainda era um pouco nova e inexperiente. Talvez não tenha sido a melhor decisão. Depois veio o período pandémico, o que dificultou muito o processo de ganhar ritmo, tendo em conta a pausa que existiu, inicialmente. Penso que acabei por me deixar ficar um bocadinho para trás e o COVID também não ajudou nesse sentido. Achei que devia dar um passo atrás, com o objetivo de poder melhorar o meu andebol.

Artigo completo na edição de 6 de abril de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.