Ricardo Sousa: “Apresentamo-nos para construir uma alternativa e para liderar a mudança”

Fotografia: Francisco Azevedo/DE

Nova comissão política do PSD de Espinho tomou posse. Ricardo Sousa, o novo líder dos social-democratas, perante uma sala cheia, prometeu uma reorganização interna e deixou críticas à governação Municipal espinhense.

Ricardo Sousa, o novo líder do Partido Social Democrata (PSD) de Espinho, durante a cerimónia de posse da nova comissão política concelhia que decorreu na Junta de Freguesia de Espinho, deixou fortes críticas à governação socialista no concelho de Espinho e apontou o caminho que irá seguir com o objetivo de vencer as eleições autárquicas em 2025.

“Há um enorme sentimento de vazio, há mesmo um sentimento de orfandade. Os espinhenses estão órfãos de uma liderança e ávidos de uma alternativa. Isto acontece por demissão e ausência do atual executivo da Câmara Municipal”, afirmou Ricardo Sousa perante uma plateia cheia e que registou a presença de algumas figuras ligadas ao partido, nomeadamente Emídio Sousa, presidente da Distrital do PSD e secretário de Estado do Ambiente, o deputado Salvador Malheiro, Manuela Aguiar, o presidente da Junta de Espinho, Vasco Alves Ribeiro, entre muitos outros.

Ricardo Sousa abordou questões como a dos licenciamentos “onde um pedido é um autêntico calvário, que despreza particulares, afugenta investidores e menoriza o trabalho das instituições do concelho” e de grandes obras como o estádio municipal onde “não há um problema técnico nem financeiro, mas há um problema político”. “Depois de quase três milhões de euros gastos, interessa perceber, com urgência, o que a Câmara pretende fazer”, disse o líder do PSD de Espinho que apontou a requalificação da rua 19 a poente como “mais um exemplo de inércia deste executivo” e cujo “financiamento comunitário se perdeu”.

O auditório da Junta de Freguesia de Espinho esteve cheio para assistir à tomada de posse dos órgãos do PSD Espinho (fotografia: Francisco Azevedo/DE)

Ricardo Sousa traçou os objetivos para o mandato que “passam pela reorganização interna”, por “ter uma nova sede, num espaço com dignidade”, na aposta nas “novas adesões de militantes” e por “promover um grande evento que assinale os 50 anos do partido e que decorrerá durante este ano onde se reúna a família social-democrata”.

“Um dos vetores principais é a nossa participação autárquica e o nosso grande desafio do mandato é falar com os espinhenses, alertando-os para o atual estado das coisas e mostrando um novo caminho, com novas práticas, privilegiando o mérito, a capacidade e a transparência”, evidenciou o novo líder dos social-democratas.

“Apresentamo-nos para construir uma alternativa e para liderar a mudança”, concluiu.

Críticas (também) do líder da Distrital

Na sua intervenção, o presidente da Comissão Política Distrital de Aveiro do PSD, Emídio Sousa relembrou os “momentos políticos muito complexos” que estão a ser vivido em Portugal. “O PSD ganhou eleições e os nossos companheiros que estão no Parlamento estão a deparar-se com uma oposição que quer governar”, explicou o secretário de Estado do Ambiente, acrescentando que “a continuar assim, um destes dias vamos voltar a ter eleições. Os portugueses vão sofrer e o nosso partido vai ser chamado, novamente, aos combates eleitorais”, disse Emídio Sousa.

Emídio Sousa considera que o Município de Espinho tem “quatro anos de estagnação” (fotografia. Francisco Azevedo/DE)

O líder da Distrital social-democrata também criticou a gestão autárquica socialista de Espinho, onde se vive “uma situação muito complexa”. “São quatro anos de vida autárquica perdida”, afirmou Emídio Sousa lembrando que o Município “teve uma boa liderança local durante 12 anos em que o PSD governou”.

“Vejo que o que os nossos deixaram em construção, daí para a frente não temos mais nada. Espinho tem quatro anos de estagnação”, rematou.

Na sua intervenção, a presidente da Juventude Social Democrata (JSD), Carolina Marques lembrou que “os jovens são uma fonte importante” e que “formar novos quadros é urgente na política nacional, distrital e local. Só assim é que podemos tornar o PSD num partido para todas as faixas etárias”, afirmou a jovem social-democrata.

Carolina Marques disse que ao novo líder do PSD de Espinho e à sua equipa estar “certa de que vamos dar um novo rumo a Espinho e devolver a esperança a esta terra que, para surpresa de alguns, não tem nada de rural”.

Eis os novos órgãos da secção de Espinho do PSD:

Comissão política da secção de Espinho

Presidente – Ricardo Bastos Sousa
Vice-presidente – José Manuel do Carmo da Silva
Vice-presidente – Diogo Coelho de Lacerda Machado
Secretário – Carlos Manuel Cardoso Loureiro
Tesoureiro – Vítor José Rodrigues e Silva
Vogal – José Manuel de Oliveira Campos
Vogal – José Carlos Ferreira da Graça
Vogal – Vânia Cristina Gomes Ferreira
Vogal – Floriano Augusto de Oliveira Alves
Vogal – Marlene Pinto Meneses
Vogal – Luís Miguel Cardoso Martins
Vogal – Ana Mafalda de Oliveira Gomes
Vogal – Diogo José Machado Leal
Vogal Suplente – Diogo André Gomes do Couto Ferreira
Vogal Suplente – Ivo Hélder Vicente dos Santos Campos
Vogal Suplente – Sérgio Paulo Luzes de Sá
Vogal Suplente – Poliana Zagala Gomes Rodrigues

Assembleia da secção de Espinho

Presidente – Álvaro Paulo Alves Leite
Vice-presidente – Pedro Jorge Faustino Gonçalves de Sousa
Secretário – Filipe Silva Soares dos Santos
Suplente – Sandra Maria Ferreira Pinto