Apesar da mudança de gerência, a Alcimar irá continuar a honrar o negócio da conservação de azeitonas com raízes em Espinho. A sustentabilidade da empresa passa pela variedade dos produtos e expansão para mercados internacionais.
“A história da Alcimar começa em 1940 e tem passado, de geração em geração, a paixão pela azeitona. Alcides Marques adquiriu a empresa que tinha uma pequena unidade em Espinho e, com a ajuda de um sócio, o negócio acabou por evoluir construindo um novo local”. A breve história da empresa é nos contada por Pedro Fernandes, que chegou à Alcimar em 2019 para assumir o papel de administrador.
“Nasci a ver ser produzido azeite e sempre acompanhei o negócio familiar. Hoje, continuamos a achar que o azeite e a azeitona são produtos incrivelmente portugueses e temos muito gosto em trabalhá-los” revela o administrador. Pedro gere a área de negócio da Alcimar, do processo de compras, vendas, organização de encomendas e é um dos rostos da nova vida da empresa. “A Alcimar foi adquirida pela Fernandes & Henriques, que é um produtor de referência na área do azeite, e tinha uma microunidade de azeitona. Entretanto surgiu a oportunidade de fazer a aquisição da Alcimar e passou a fazer parte do grupo. No meu caso, faço parte da família que gere as unidades” explica.
Azeitonas de várias regiões do país
A unidade emprega 10 trabalhadores que tratam de receber as azeitonas, desde os olivais, e fazer a conservação. A Alcimar só recebe azeitona que tem como fim o consumo, e, de seguida, segmenta a azeitona. Relativamente à colheita do produto, o processo não varia, no que ao espaço temporal diz respeito. “A colheita é efetuada de setembro até dezembro. É um processo que se gera a partir do que vamos conseguir a nível dos agricultores, dos produtores e dos parceiros. Depois há as cooperativas que armazenam azeitona” esclarece Pedro. No que aos locais de colheita diz respeito, a Alcimar abrange várias regiões do país como Trás-os-Montes ou o Alentejo. “Portugal tem essa vantagem, temos muitas variedades e produtos muito autênticos. A variedade é importante pois sem ela seria mais difícil ter sucesso. O nosso produto, quando é apresentado numa prateleira de um supermercado, é identificado como um produto português” explica.
Artigo completo na edição de 6 de abril de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.