No cruzamento da rua 20 com a 37 o trânsito flui de forma mais complicada sem os semáforos (Fotografia: Sara Ferreira)

Serão poucos os espinhenses que, certamente, ainda não se devem ter confrontado com a situação atual de vários semáforos na cidade. Apesar de existirem, muitos deles estão sem funcionar há meses, indicando aquilo a que se chama de sinal intermitente.

Um dos casos mais críticos acontece precisamente no cruzamento da rua 62 com a Avenida 24, assim como, no lado oposto, para os condutores que chegam da Ponte de Anta. A situação é perigosa para quem pretende mudar de direção, sobretudo nas horas de maior trânsito. Alzira Pereira vive junto à Avenida 24 e, mal se apercebe da presença da Defesa de Espinho no local, rapidamente se aproxima para caracterizar a situação de “vergonhosa”. “Passo quase todos os dias por aqui a pé e falo para mim mesma sobre isto. Para ser sincera até perdi a noção do tempo e já não sei quando os semáforos deixaram de funcionar, mas já passaram meses, isso é certo”, refere a cidadã.

Além de representar um problema para a circulação segura dos condutores, Alzira não esconde que se torna perigoso também para os peões. “Já é uma zona difícil para atravessar, mas assim com os semáforos pior. Muitos carros não dão prioridade às pessoas”, alerta, explicando que também já ocorreram acidentes rodoviários no local. “Sei de, pelo menos, dois casos. Um deles assisti, mas o outro contaram-me. Um dia de manhã, quando vinha da rua 26, vi que dois carros bateram. Um senhor queria mudar de direção para a Avenida 24, pois vinha de cima, e outro, que estava na Avenida 24, queria virar para a rua 62. Nenhum dos dois parou e claro que deu acidente, mas ninguém se magoou”, recorda.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 11 de maio de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€