O futebol de rua é uma iniciativa conjunta do Município de Espinho e da Associação de Futebol Popular do Concelho de Espinho (AFPCE) que irá realizar-se entre 8 e 10 de setembro. O objetivo é a inclusão e a promoção do futebol na sua vertente mais simples, tal como era praticado há muitos anos. Os destinatários são as crianças entre os seis e os 12 anos de idade. Este ano, a organização quer chegar aos 600 praticantes.
O sucesso alcançado no ano passado levou este ano a que a AFPCE e o Município de Espinho voltassem a organizar o torneio de futebol de rua. Em 2022, a organização conseguiu juntar três dezenas de equipas e cerca de três centenas de crianças entre os seis e os 12 anos de idade. Numa iniciativa paralela, destinada exclusivamente ao desporto adaptado, participaram mais 70 atletas, numa competição que envolveu as Cercis, num torneio que decorreu na praia da rua 37.
“Foi um repto lançado, na altura, pela vereadora Leonor Lêdo da Fonseca para uma iniciativa no âmbito social”, explica à Defesa de Espinho o presidente da direção da AFPCE, Tiago Paiva. “Apanhámos a ideia e fizemos a proposta à Câmara Municipal de Espinho que foi coorganizadora”, acrescenta.
O futebol de rua foi lançado, pela primeira vez, no ano passado. Contudo, Tiago Paiva confessa que, no início, chegou a ter algum receio sobre a forma como iria decorrer. Mas o torneio de futebol de rua percorreu todo o concelho e as suas freguesias, cumprindo desta forma um dos objetivos, passando pelos espaços desportivos do Bairro Piscatório (Silvalde), Bairro da Ponte de Anta (Anta), Parque Américo Magano (Paramos) e pela Praça do Mar.
“Tratou-se de um projeto muito importante no âmbito da inserção social e que foi gratuito para os participantes porque não teve custos de inscrições”, salienta o dirigente. “Oferecemos a camisola oficial do futebol de rua, bonés, os lanches e medalhas de participação”, acrescenta.
“Os miúdos que participaram, ainda hoje recordam o sucesso da iniciativa que teve uma enorme repercussão a nível nacional”, sublinha.
O futebol de rua traz uma dinâmica muito peculiar e muito daquilo que é o futebol na sua essência. No entanto, para Tiago Paiva, o importante é que “não há diferenças de géneros” e as regras “são muito rudimentares, à moda antiga; não existe um treinador e muitas das vezes é o próprio pai de um atleta que está a orientar e a treinar a equipa”, exemplifica.
Artigo completo na edição de 1 de junho de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.