(Fotografia: Sara Ferreira)

O estado degradado do Centro Multimeios de Espinho não é novidade para a maioria dos espinhenses e parece perdurar há vários anos. No exterior, a falta de manutenção é bem visível, mas dentro do edifício até baldes existem para impedir entrada da chuva.

No exterior, há aspetos em que é impossível não reparar. Contrariando a tendência do passado, o lago artificial que circunda parte do edifício mantém-se desligado há muito tempo, algo que é apontado por Maria Castro como “uma grande pena”. Segundo a silvaldense, longe vão os tempos em que se sentava com os filhos junto ao Multimeios e apreciava as brincadeiras das várias crianças que por ali se juntavam. “Há alguns anos costumava vir para aqui porque os meus filhos gostavam de brincar e mexer na água. Como trabalhava aqui perto, eles andavam na escola em Espinho e só ao fim do dia íamos para Silvalde. Enquanto esperávamos pela nossa boleia, era por aqui que estávamos e recordo-me que sabia bem, sobretudo na época de verão, mas agora vejo poucas pessoas por aqui”, lamenta.

Maria Castro, enquanto olha para o edifício, admite que não é uma frequentadora assídua, mas defende que merecia melhor cuidado. “O dia em que vejo mais pessoas por aqui é à segunda-feira por causa da Feira Semanal e já ouvi muita gente comentar o estado do Multimeios. Também penso que devia ser alvo de uma manutenção maior, mas infelizmente não é só este edifício que preciso de atenção. Há muitos problemas em Espinho que deviam ser resolvidos de uma vez por todas, mas compreendo que o dinheiro não chegue para tudo”, diz.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 18 de maio de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€