César Moreira Baptista (à frente na foto) acompanhado por Vale Guimarães, Manuel Violas e Baião Nunes dos Santos (Fotografia cedida por José Pinto Correia)

Filho de Espinho, César Moreira Baptista exerceu, em Lisboa, alguns dos mais altos cargos políticos ainda em regime do Estado Novo. De advogado e professor passou a Secretário de Estado e, em 1973, ano em que a sua terra natal passou de vila a cidade, tornou-se Ministro do Interior.

Apesar da distância física, Moreira Baptista nunca esqueceu a terra que o viu nascer. “Com orgulho” pertenceu ao governo que atribuiu tal distinção a Espinho, admitindo sempre querer estar presente “em tudo quanto represente o engrandecimento” de Espinho.

“Ondas de júbilo, numa praia mar de esfusiante satisfação e incontida alegria, espraiaram-se de lés a lés desta nossa querida terra, quando, dia 12 de junho, ribombou a notícia, tão ansiada, de que o Governo da Nação havia concedido a cidadania à Vila de Espinho, praia rainha da Costa Verde”.

A notícia, publicada na edição de 16 de junho de 1973 da Defesa de Espinho, oficializava o rumor que circulava há vários dias na então vila. Espinho era cidade e, embora muitos não o esperassem, celebrava-se o feito com grande entusiasmo e até alguma surpresa, pois era, assim, a segunda cidade do distrito, logo a seguir a Aveiro, a receber tal distinção.

Um galardão que, para muitos cidadãos, poderá ter surgido por algum apoio e força externa. Há precisamente 50 anos, num governo liderado por Marcelo Caetano, assumia a pasta da Informação e do Turismo o espinhense César Moreira Baptista.  

Reportagem disponível, na íntegra, na edição de 15 de junho de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€