O Município de Espinho anunciou que no próximo dia 12, pelas 11 horas, na Biblioteca Municipal José Marmelo e Silva, irá promover uma sessão de esclarecimento sobre os impactos da Linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa no concelho de Espinho, com a presença do vice-presidente das Infraestruturas de Portugal (IP), Carlos Fernandes.
O anúncio da iniciativa foi feito através das redes sociais e tem merecido as mais variadas críticas, sobretudo pelo dia e pela hora que foram escolhidos para a sessão, que não permitirão que muitas pessoas, que trabalham durante o dia, possam marcar presença e ver as suas dúvidas dissipadas.
Em alguns dos comentários, os cidadãos ironizam dizendo que se trata de “uma hora muito bem escolhida”, questionando se há “a possibilidade de alterar a hora com consciência, para que possa abranger um maior número de pessoas”.
Há quem pergunte se “os espinhenses vão pedir dispensa à entidade empregadora” para poderem marcar presença na sessão de esclarecimento e pensam que o horário escolhido pretende atirar “areia para os olhos do povo”.
“Não dá para esconder qual o intuito desse horário”, diz um dos comentários à publicação do Município de Espinho.
Recorde-se que a consulta pública sobre o processo da Linha de Alta Velocidade esteve aberta desde 5 de maio até 16 de junho. O processo, que implicará diretamente a população de Anta, Guetim e Silvalde, não mereceu nenhuma sessão pública por parte da autarquia durante esses dias. A Câmara Municipal apenas reagiu em comunicado, dias depois do encerramento da consulta pública.