Estrada 109 cada vez mais esburacada

Foto: Francisco Azevedo

O estado lastimoso em que se encontra a Estrada Nacional 109, entre Paramos e Espinho, é alvo de grande preocupação por parte dos moradores e dos automobilistas. Os buracos surgem com grande regularidade e alguns causam danos às viaturas. Há negociações entre a Câmara e a Infraestruturas de Portugal, mas não há sinais de obras.

José Alberto Pereira reside em Paramos e tem de se deslocar, diariamente, ao centro da cidade. “Fazer este percurso até Espinho é um verdadeiro desespero”, afirma o paramense.

“Desde o limite do nosso concelho, na fronteira com Esmoriz, a estrada está num lastimável estado e é difícil circular sem conseguirmos acertar num buraco”, lamenta o cidadão. “São buracos atrás de buracos”, acrescenta, afirmando que “em Silvalde a situação é, ainda, mais preocupante”.

Segundo José Alberto “há um decreto-lei que aprovou o regulamento de estradas e de caminhos municipais onde se diz que é da responsabilidade das câmaras municipais a construção, conservação e reparação” destas infraestruturas.

“Custa-me entender que não se façam quaisquer obras porque qualquer proprietário de um veículo automóvel tem de pagar o Imposto Único de Circulação (IUC) que tem como objetivo compensar o Estado dos custos ambientais e rodoviários provocados pela circulação automóvel. Este imposto é cobrado, anualmente, aos contribuintes e deveria ser utilizado na reparação das estradas”, sublinha o cidadão.

José Alberto diz que não sabe de quem é a responsabilidade destas obras, se da Câmara Municipal ou da Infraestruturas de Portugal (IP), mas tem a certeza de que “de um deles é!”

O paramense entende, deste modo, que a estrada “deveria estar em condições de circulação”.

A mesma via, mas com condições diferentes em Esmoriz

José Alberto critica todas as obras de pequenas infraestruturas que são feitas ao longo do percurso, nomeadamente a instalação da fibra ótica ou de saneamento. “Abrem-se os buracos no asfalto, coloca-se um pedaço de terra e espera-se que os automóveis, ao passarem, façam um trabalho de um cilindro e, depois, tapam-se com uma fina camada de alcatrão. Não demora muito tempo para que as chuvas e os carros abram, novamente os buracos”, observa, achando que “as empresas responsáveis por essas pequenas obras deveriam repor a estrada tal como se encontrava antes de abrirem os buracos”.

“Estas empresas adulteram a estrada, durante o tempo que querem e fazem os remendos pelo mais simples e mais económico e a estrada fica no estado em que se encontra atualmente”, critica o paramense. “Deveriam colocar um piso uniforme”, sugere dando nota que “são milhares de carros e de camiões que passam diariamente por esta estrada e como o piso não tem consistência, acaba por abater”.

Notícia disponível, na íntegra, na edição de 20 de julho de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.