Roberto Reis regressa a Espinho para representar a Académica. (Foto: Sara Ferreira)

Roberto Reis regressa a Espinho, mas desta vez para representar a Académica. Aos 43 anos, o experiente jogador revela que está contente por reencontrar o antigo colega e novo treinador, Miguel Maia.

Que razões o levaram a aceitar o convite da Associação Académica de Espinho?

Vou para a Académica porque me parece um projeto aliciante, ambicioso e porque é baseado em algo que procuro ultimamente, que é ajudar os jovens a alcançar o sucesso. Isso dá-me um prazer enorme. Além disso, é muito bom poder reencontrar o Miguel Maia e o Hugo Ribeiro, que são dois nomes marcantes na minha carreira desportiva. Gosto muito de partilhar balneário, ideias e de jogar com eles.

Que objetivos tem para a passagem na AAE?

Considero-me uma pessoa extramente competitiva e andar no desporto ‘só por andar’ não é o meu lema. Quando integro um projeto tento sempre encaixar a vertente desportiva, sou extremamente ambicioso nesse sentido. Independentemente da idade e daquilo que as pessoas possam comentar sobre essa questão, isso não me diz nada. O que me interessa verdadeiramente é a mentalidade vencedora que sempre tive e que vou continuar a ter. Este é um ponto em comum com o projeto da Académica de Espinho, que pretende evoluir os jovens, mas também tem uma parte competitiva muito vincada.

Como disse, o projeto é muito ambicioso. Que expectativas é que isso gera?

A única coisa que vamos prometer aos nossos adeptos é que vamos trabalhar muito afincadamente no sentido de melhorarmos as prestações, em comparação com os últimos anos, para podermos atingir os nossos objetivos.

Por aquilo que tem visto, sente que tem havido uma mudança de dinâmica entre a AAE e o SC de Espinho, ao nível da qualidade?

Sinto que o projeto é ligeiramente diferente. O nosso projeto está assente na contratação de jovens, colocar esses jogadores a competir na 1ª Divisão e ajudá-los na sua progressão. Recentemente, tivemos o caso do Guilherme Maia, que se transferiu para França e que é um excelente exemplo do trabalho que tem sido desenvolvido no clube. Em relação ao SC Espinho, vejo que também há uma aposta forte em jogadores que já representaram o clube, mas é uma situação e mentalidade diferente. A Académica está a apostar um pouco mais na formação e em jovens que iniciaram a carreira no clube, mas acabaram por sair, tentando o seu regresso. É evidente que também é preciso outro tipo de atletas, por isso, ainda há jogadores, no nosso plantel, com mais experiência e que dão consistência ao projeto.

Penso que o SC Espinho irá constituir uma equipa de jogadores mais experientes, que estão habituados a grandes palcos, e, certamente, que vão dar muito trabalho a muita gente.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 10 de agosto de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€