(Fotografia: Sara Ferreira)

Integrado há cerca de oito anos na Cooperativa Agrícola, o concelho de Espinho é apenas um dos quatro que representam a associação.

Inicialmente denominado como Grémio da Lavoura da Feira e São João da Madeira, fundado em 1941, com o objetivo de ajudar os agricultores da época na organização das suas produções, este acabou por sofrer algumas mudanças e, com a revolução de abril, passou a constituir-se como Cooperativa Agrícola.

António Pinheiro é o principal rosto da cooperativa e há mais de 30 anos que assume a presidência, trilhando um percurso de alguns investimentos e dificuldades. À Defesa de Espinho, recorda o trabalho desenvolvido desde 1993, altura em que entrou na associação. “Em 1995 comprámos um terreno no Cavaco, em Santa Maria da Feira, onde fizemos um armazém e, dez anos depois, assumimos também a cooperativa de Gaia, onde se inclui Espinho. Em Gaia, modificamos tudo, houve um grande investimento e até abrimos umas bombas de combustível, pois também já tínhamos uma em Santa Maria da Feira”, conta.

Apesar da introdução de mais dois concelhos na Cooperativa Agrícola, António Pinheiro explica que foi uma decisão que acarretou alguns riscos. “A cooperativa de Gaia/Espinho estava falida. Assumimos, mas havia uma dívida de um milhão e 350 mil euros a fornecedores. Sabíamos que havia uma dívida grande, que seria difícil, mas temos que abraçar as coisas difíceis porque as fáceis qualquer um assume”, defende o presidente, orgulhando-se do trabalho que tem sido desenvolvido. “Apesar da dívida investimos ainda mais, fizemos obras na cooperativa da Feiteira e temos lá um espaço digno de se ver”, diz António Pinheiro. 

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 7 de setembro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€