Apesar do avanço da tecnologia, que se tem sentido nas últimas décadas, ainda existem áreas de comércio que exigem um trato pessoal. As lojas de pronto a vestir oferecem esse tratamento diferenciador, sem nunca se descolarem das mais recentes tendências.
No agitado universo do comércio de vestuário, onde as tendências mudam mais rapidamente que as estações, as lojas de pronto a vestir emergem como protagonistas, oferecendo uma experiência de compra ágil e mais pessoal para os consumidores.
Estas lojas, conquistaram o seu espaço no mercado, combinando moda instantânea com diferentes sensibilidades. Uma das principais características dos estabelecimentos é a ampla variedade de estilos e peças. Desde as últimas tendências até aos clássicos intemporais, oferecem uma gama diversificada de roupas e acessórios para atender a todos os gostos.
Com coleções que são renovadas com alguma regularidade, os consumidores encontram nas prateleiras e cabides as peças perfeitas para cada ocasião. Sendo Espinho uma cidade que concede um protagonismo diferenciado ao comércio local, há, naturalmente, locais diferenciadores com vestuário diversificado.
Um desses exemplos encontra-se na rua 16, a Prespunto, onde a gerente e fundadora da loja, Rosa Mesquita, conta com o auxílio da trabalhadora Ana Queiroz. A loja surgiu há 14 anos,
depois de Rosa e Ana terem ficado sem emprego, devido à falência da Jotex. O gosto pela área têxtil levou a gerente a retomar a atividade na área e, por isso, decidiu montar o
seu próprio negócio.
A paixão de Rosa pela costura surge desde cedo, ao ponto de ter tirado o curso de modelista, com o intuito de ficar mais profissional no trato dos tecidos, ganhando sensibilidade ao longo dos anos.
A gerente não tem sentido grandes mudanças do volume do negócio nos últimos anos, no que a arranjos diz respeito, cenário que difere relativamente à venda de peças ao público. “Há uma quebra de vendas em 2023, mesmo no verão. As pessoas já não compraram tanta roupa para ir de férias, por exemplo. A perda de poder económico deverá ser a principal causa”, refere Rosa. O estabelecimento apresenta duas vertentes, algo que Rosa considera como uma mais valia pois “torna-se possível arranjar na loja, desde fatos de homem a peças de malha”.
Na rua 23 está localizada a Via Espiga, gerida há três décadas por Cláudio Neves. O interesse do gerente nesta área de comércio surge já “depois de ter ganho experiência e sabedoria noutro estabelecimento”, sendo que, desde jovem tinha interesse na área comercial,
em geral.
O tipo de produto da Via Espiga é “uma das suas características diferenciadoras”, argumenta Cláudio, destacando a venda de marcas italianas com qualidade premium, que se tem mantido desde o início. A única alteração substancial sofrida pelo estabelecimento foi o aumento de funcionários, “havendo sempre uma constância na exclusividade e qualidade do produto”, revela.
A aposta no mundo online é também um fator diferenciador do espaço. Contudo, Cláudio justifica o sucesso do espaço com um aumento gradual do número de clientes devido “ao desempenho de toda a equipa”.
O comércio local vive muito da tradição e Miguel e Joaquim Carvalho, são dois exemplos disso. Pai e filho gerem há 21 anos a Via Doze e prometem assim continuar. Para Miguel, o encanto deste tipo de comércio “passa pela proximidade que se gera com o cliente, em que existe uma relação diferente comparando com novas superfícies, onde o cliente é mais um número”. Além disso, a loja “procura destacar-se pela qualidade do produto e do atendimento”, que está direcionada para a indumentária de homem, dos 20 anos até idades mais avançadas.
A qualidade da confeção, do tecido das roupas e o trabalho com artigos de alfaiataria são as especialidades da loja, que costuma orientar-se para peças de tecido português, italiano e alemão. A escolha do produto nacional dá-se porque, segundo Miguel, é um artigo de “qualidade, que serve os interesses da loja”.
Artigo completo na edição de 14 de dezembro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.