Trabalhos no Bloco F do Bairro da Ponte de Anta estão parados desde outubro

Fotografia: Francisco Azevedo

A obra foi anunciada em meados de dezembro de 2022, com pompa e circunstância, contando, na altura, com a presença de Marina Gonçalves, então secretária de Estado da Habitação. Foram destinados cerca de 300 mil euros para recuperar o Bloco F no Complexo Habitacional da Ponte de Anta. A obra começou em março do ano passado e deveria estar concluída em setembro, mas ainda há trabalhos por fazer. Município reconhece atrasos e trabalhos complementares e quer ver tudo terminado até meados de maio.

A tão propalada obra de requalificação do Bloco F do Complexo Habitacional da Ponte de Anta está parada. Os moradores não compreendem por que razão ainda não foram concluídos os arranjos previstos e contratados na empreitada que deveria estar pronta a 21 de setembro do ano passado. Metade dos moradores da entrada 1 estão realojados, em casa de familiares ou por conta do próprio Município de Espinho. A outra metade, na entrada 2 do mesmo edifício, aguarda, já com alguma impaciência, que lhe sejam dadas notícias relativamente aos trabalhos que ficaram por fazer em suas casas e, até, no próprio exterior.

“Em julho tivemos uma reunião com a Câmara e disseram-nos que iríamos sair de casa durante dois a três meses. As obras começaram, já fizeram algumas coisas e o que é certo é que desde março essas pessoas, da entrada 1, estão fora de casa até hoje”, conta Cristina Romãozinho, que mora com a sua mãe, Maria do Carmo Romãozinho, a inquilina no Bloco F há cerca de 30 anos.

“No início de outubro veio cá o encarregado da obra comunicar-nos que iriam parar com a obra. Veio alertar-nos para termos atenção às janelas porque iriam manter os andaimes no exterior”, diz Cristina.

De acordo com a moradora a obra está parada desde outubro do ano passado. “Comunicaram-nos, no início de janeiro, que iriam retomar as obras, mas até hoje [12 de janeiro], ainda não houve sinais de tal”.

Cristina Romãozinho diz estar muito preocupada porque terá de deixar a casa para se realizarem as obras. “Não o poderemos fazer de um momento para o outro! Tínhamos tudo em caixotes e arrumado e tivemos de voltar a abrir para retirar objetos que necessitávamos. Por isso, vamos precisar de algum tempo para deixarmos tudo pronto para sairmos de casa”, sublinha.

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