Artista brasileiro atua a 16 de março (Fotografia: DR)

Artistas portugueses protagonizam a maioria dos concertos no próximo mês, mas fora de portas o papel principal é entregue ao brasileiro Jards Macalé.

Um espetáculo de Daniel Bernardes marca o arranque da programação de março no Auditório de Espinho – Academia. No dia 2, o músico e compositor sobe ao palco às 21h30, dando continuidade à parceria que mantém com o Coro Ricercare, um projeto que se iniciou com o disco Beethoven Reminiscências.

Desta vez, Daniel Bernardes apresenta City of Glass, o seu novo trabalho que surge da inspiração da Trilogia de Nova Iorque, do escritor americano Paul Auster. Na primeira parte da história, “Auster subverte o género do romance policial, criando mais questões ao longo do texto, em vez de lhes dar resposta”. A ação desta história “decorre em Nova Iorque, espoletada de forma misteriosa por acaso banal” e o músico aproveita-a para remeter o seu público para “momentos-chave do romance”, levando a uma “viagem sonora com António Quintino, no contrabaixo e Mário Costa, na bateria, aos quais se junta o Coro Ricercare, preparado por Pedro Teixeira e com Pedro Moreira a assegurar a direção musical do projeto”, refere o auditório. Um momento pautado pela música contemporânea e pelo jazz e que apresenta um custo de entrada de oito euros.

Logo a seguir, no dia 9 de março, chega a vez de dar palco às tradições portuguesas. Em 2021 nasceu o projeto Expresso Transatlântico, uma banda lisboeta, que junta Gaspar Varela na guitarra portuguesa, Sebastião Varela na guitarra elétrica e Rafael Matos na bateria. Três anos depois, os músicos atuam em Espinho para apresentarem Ressaca Baldia, “uma viagem musical entre as influências da tradição portuguesa e as sonoridades globais contemporâneas”.

Recorde-se que o sucesso foi logo alcançado no trabalho de estreia, o “que levou o jovem trio lisboeta aos grandes palcos portugueses e internacionais, como o NOS ALIVE, Paredes de Coura, Colours of Ostrava, FMM-Sines, MED Festival e WOMEX”. Em Espinho, o momento está agendado para as 21h30 e o bilhete normal custa oito euros.

Diretamente do Brasil para o palco espinhense, será possível ouvir Jards Macalé a 16 de março. O artista, que representa “um testemunho da energia eletrizante da música e do espírito inabalável da rebelião artística” vai trazer o “espírito indomável e a liberdade musical sem limites que o definem”.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 8 de fevereiro de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€