Há uma fonte de poluição escondida na ribeira do Mocho. A denúncia foi feita à Defesa de Espinho por Carlos Gomes, cidadão espinhense que constatou que, já há bastante tempo, a situação se mantém e que passa despercebida por parte das autoridades.
O caso insólito é visível numa ligação, próxima da saída de águas pluviais para o rio Largo, junto à ponte de ligação para o parque de estacionamento, a poente da linha ferroviária.
“Acredito que saibam de onde vem esta água suja, com detergentes, óleos e outras coisas, que sai pelos tijolos ou pedras que escondem um tubo”, conta à Defesa de Espinho, Carlos Gomes, cidadão que tem por hábito caminhar junto àquela zona e que se mostra muito preocupado com os efeitos que as descargas poluentes possam ter no meio ambiente e em particular na ribeira do Mocho (rio Largo), já muito próximo do mar.
Carlos Gomes afirma que está cansado de reclamar na Câmara Municipal e Polícia de Segurança Pública, que, segundo o espinhense, pretende que se desloque ao posto policial para apresentar a denúncia. “Já sei como são esses trâmites, que nos exigem tudo e mais alguma coisa para fazermos a denúncia e sei que irei lá para perder imenso tempo. É como aquela situação em que pretendemos entregar um simples cartão de cidadão que encontramos na rua e que somos tratados como se fossemos criminosos. Não estou para isso”, diz o cidadão.
Carlos Gomes tem, por hábito, andar de bicicleta e fazer caminhadas, passando muitas vezes pelo rio Largo e sabe que “a história é muito antiga e já tem muitos anos”. “Antigamente, o final do esgoto estava visível, mas agora está tapado e escondido”, conta o cidadão, acrescentando que “não se consegue ver o tubo, mas pode observar-se a água poluída a sair para a ribeira pelo meio das pedras”.
Carlos recorda que “há alguns anos, as margens da ribeira estavam invadidas por canas e por vegetação que ocultava estas coisas, mas agora utilizaram este estratagema de esconder os tubos para a água (poluída) poder escorrer, disfarçadamente, para a ribeira. Até fizeram um camalhão para a água correr para a ribeira”, acrescenta.
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