Antiga Escola Anta 3 foi o local escolhido para acolher nova unidade de saúde (Fotografia: Sara Ferreira)

Uma candidatura ao PRR pode ditar a mudança da USF para o Bairro da Ponte de Anta, um projeto que terá um investimento de 1,07 milhões de euros, mas forças políticas locais e população não estão de acordo.

novidade surgiu em maio de 2022 e foi recebida com agrado pela maioria da população. Na sessão solene do 29º aniversário da elevação de Anta a vila, o então presidente Miguel Reis anunciava a construção de uma nova unidade de saúde de raiz em Anta, edificada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No entanto, meses depois, mais precisamente em novembro de 2023 e já com Maria Manuel Cruz a liderar o executivo, a Defesa de Espinho noticiava, em primeira mão, o local escolhido para a obra, uma novidade que parece ter feito estalar a polémica.

Com a celebração de contratos-programa com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte com vista à apresentação de candidaturas ao PRR para intervenção nas unidades de saúde do concelho, o maior bolo recai para a unidade de Anta, mais precisamente 1,07 milhões de euros, embora também haja objetivos em Silvalde, com a antiga Escola da Seara a ser intervencionada para acolher a USF Mar à Vista – Polo de Silvalde, com um investimento total de 400 mil euros e intervenções no Polo de Paramos, orçamentadas em 115 mil euros, e também no próprio Centro de Saúde de Espinho que deverá recolher 305 mil euros.

Com a aprovação desta candidatura, que deverá ocorrer ainda este mês, segundo revela a Câmara Municipal, a Unidade de Saúde Familiar (USF) de Anta, que se localiza atualmente na Rua do Passal e partilha o mesmo edifício com a sede Junta de Freguesia de Anta e Guetim deverá mudar para a Ponte de Anta, mais precisamente para o edifício da antiga Escola Básica de Anta Nº 3, na rua da Idanha.

A nova localização, escolhida pela Câmara Municipal, é tida como a que “constitui a forma mais eficaz de gerir bem o património público a cargo do Município de Espinho e de possibilitar a prestação de um serviço de maior proximidade a uma maior fatia da população de Anta e Guetim”. Mas o novo destino não reúne consenso e tem originado divergências, inclusivamente com a Junta de Freguesia, que se mostra desfavorável ao projeto atual.

Reportagem disponível, na íntegra, na edição de 22 de fevereiro de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€