Luís Filipe Montenegro, o eterno “ervilha” para os amigos, cresceu “de cara risonha” entre as ruas e as praias de Espinho. As calças rompidas após as partidas de futebol provavam a paixão pelo desporto e a ajuda na cozinha do centro pastoral o seu lado mais solidário. Interessado pela política, desde cedo lhe deu palco, trilhando um percurso que o pode levar a primeiro-ministro de Portugal. A resposta chega a 10 de março.
É principalmente junto dos “seus”, na sua terra, que Luís Montenegro tem garantido um apoio especial. Um dos mais importantes chega da própria mãe, Maria Virgínia Montenegro, que não esconde o orgulho no percurso do filho. Quando relembra o passado e as memórias que a fazem regressar à infância de ‘Filipinho’, como inicialmente o chamava, Maria Virgínia rapidamente descreve “uma criança alegre e divertida”, sempre “com muitos amigos” e era com eles que gostava de brincar pelas ruas e jogar à bola.
“Aquilo que me lembro quanto ao futebol é que ele andava sempre a romper as calças”, recorda, mostrando-se divertida quanto às peripécias do filho, comuns a qualquer criança, mas com a singularidade de ser das poucas preocupações que o filho lhe trazia. “Teve uma infância feliz em Espinho. Andava sempre sorridente e bem-disposto”, diz, confidenciando outra história do passado. “Lembro-me também de uma vez em que saiu de bicicleta com um rapaz mais velho e foi um bocadinho mais longe do que era costume. Estava à beira-mar e caiu. Comunicaram-me a situação e fui ter com ele já ao hospital. Acabou por fazer uma pequena ferida, mas nada de especial. Não me dava preocupações, nunca as professoras dele me chamaram à escola nem fizeram queixa. Sempre foi um aluno bem-comportado”, orgulha-se.
A felicidade da infância pelas ruas de Espinho é também descrita por uma das pessoas que partilhou, diariamente, os anos de brincadeira e crescimento com o atual candidato a primeiro-ministro. Ao lado do irmão, Isabel Montenegro vivenciou inúmeras estórias, mas aquilo que mais guarda desse tempo é o lado bem-disposto de Luís, como lhe chama.
“Tenho mesmo boas memórias com o meu irmão, pois sempre foi extremamente bem-disposto, tinha sempre um sorriso nos lábios e é engraçado que, quando penso nele em pequenino, lembro-me sempre da cara dele risonha. É uma marca muito grande que tenho até hoje porque lembro-me sempre dele a rir-se”, revela, fazendo também questão de mencionar que brincavam imenso, até porque o pequeno Luís era “muito brincalhão”.
Reportagem disponível, na íntegra, na edição de 29 de fevereiro de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€