Ao longo de 92 anos, a Defesa de Espinho sofreu alterações significativas de conteúdos e de grafismo que moldaram a sua evolução. Depois de um arranque a quatro páginas, a Defesa cresceu, ganhou espaço e soube reinventar-se. Das gravuras às fotografias, o salto foi notório e a inovação já é imagem de marca.
No início do século XX, as limitações gráficas impunham que todo o conteúdo do jornal se centralizasse no texto, praticamente sem imagens. A fotografia, que marca o jornalismo dos tempos atuais e que tem grande relevância nas publicações, raramente era utilizada, sobretudo por jornais de pequena dimensão como a Defesa de Espinho, tendo em consideração os elevados custos para a impressão.
Carlos Santos tinha apenas 12 anos quando começou a trabalhar na Defesa de Espinho, a convite do fundador, Benjamim da Costa Dias. Chegou em 1966 para “fazer a dobragem dos jornais, pois naquela altura tinha que se intercalá-los, dobrá-los e depois colocar etiquetas com as moradas de envio”, explica o colaborador que ainda hoje desempenha funções, nomeadamente no que diz respeito à distribuição do semanário.
Puxando a fita atrás, Carlos Santos recorda-se de um tempo em que se utilizavam as gravuras. Os computadores estavam ainda por inventar e o destaque era a tipografia tradicional.
Reportagem disponível, na íntegra, na edição de 28 de março de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€