Cerca de meio milhar de pessoas estiveram hoje [7 de abril] nas cerimónias que marcaram a reabertura oficial da Igreja Matriz de Espinho. A dedicação do altar-mor e a bênção do ambão foram dois dos momentos mais marcantes. Uma cerimónia de festa, cheia de música que contagiou a comunidade católica espinhense.
Durante mais de duas horas e meia, as cerimónias de reabertura da Igreja Matriz de Espinho trouxeram a “esperança, alegria a fé” à comunidade católica espinhense. Um marco de quase dois anos para a recuperação da igreja, com obras que ultrapassaram 1,4 milhões de euros.
O dia foi de festa, com a Banda de Música da Cidade de Espinho a acolher os convidados e a levá-los, em procissão, do Centro Pastoral até junto da escadaria da Igreja Matriz. Um momento único de música, que anunciou a abertura das enormes portas às centenas de pessoas que fizeram questão de marcar presença num dia histórico.
A Giselle Academia de Dança (GAD), com um extraordinário bailado, seguiu o fio no piso do corredor central que conduz ao novo altar-mor e a música trazida pelos músicos da Academia de Música de Espinho, pelo coro da Paróquia de Espinho, ao som magistral do órgão de tubos deram o mote para uma celebração cheia com pequenas celebrações.
“Sejam bem-vindos à vossa casa”, foram as primeiras palavras do pároco de Espinho, padre Artur Pinto, na abertura da renovada igreja, agradecendo às várias entidades e aos particulares que colaboraram na requalificação do monumento espinhense, especialmente aos arquitetos que “idealizaram” esta obra, Rui Martins e Nuno Alcobia.
“Espero que todos se sintam profundamente abraçados por este amor e dedicação que tiveram” a esta obra, referiu o pároco emocionado.
O bispo da Diocese do Porto, D. Manuel Linda, que presidiu às cerimónias, não se cansou de elogiar todo o trabalho da comunidade, em especial ao “padre Artur Pinto”. “Esta obra, sendo do povo de Deus de Espinho, é por si projetada”, disse o bispo, reiterando a sua confiança e o seu “profundo agradecimento” ao pároco.
Na sua homilia, D. Manuel Linda enalteceu o facto de ainda se estar a celebrar a Páscoa que “não cabe, apenas, no domingo passado” e que se prolonga até este domingo.
O bispo do Porto apelou “o dom da paz” que “é dos mais fortes” sentimentos da Páscoa e que “esta casa a que chamamos igreja e este altar sejam centros de paz”.
Segundo o bispo, também “a alegria é outro dom afeto à Páscoa”. “Esta casa é para celebrar muita coisa”, mas “é essencialmente para a alegria”, sublinhou D. Manuel Linda.
“Esta casa vai ser para a arte porque há em Espinho esta bela tradição de realizar aqui sublimes concertos de música”, referiu o bispo, acrescentando que “esta igreja é, fundamentalmente, uma casa de fé, para pregar uma fé amorosa”, evidenciou.
“Esta casa será a casa da fraternidade”, concluiu D. Manuel Linda.
A cerimónia terminou com a atuação da Rusga de S. Pedro, à saída e com um Porto de Honra oferecido pela Paróquia de Espinho à comunidade presente.