Armindo Neves e Fernando Araújo, dois dos protagonistas que foram esquecidos no salvamento de três pescadores na praia de Espinho, recordam os momentos dramáticos que viveram há 50 anos. Apesar do ato heroico dos dois bombeiros, o naufrágio de 1 de maio de 1974 acabou por vitimar um dos pescadores, Domingos Cabeleira.
O naufrágio de uma pequena embarcação de pesca em frente à Piscina Solário Atlântico, ao início da manhã de 1 de maio de 1974, acabou por causar a morte a um dos quatro tripulantes. Três pescadores foram salvos por dois jovens nadadores-salvadores de 19 anos dos Bombeiros Voluntários de Espinho que, num ato heroico, se lançaram ao mar revoltoso e frio, após uma noite de intenso trabalho num combate a um incêndio em Castelo de Paiva.
José Santos, conhecido por Zé Diabo, António Tato (António Gota) e António Soqueiro, pescadores que tripulavam uma pequena embarcação, escaparam com vida ao acidente que vitimou o seu companheiro, Domingos Cabeleira, que veio a ser encontrado, quase uma semana depois, próximo da Costa Nova, em Aveiro.
“Na altura tinha acabado de completar 19 anos de idade e na noite de 30 de abril para 1 de maio de 1974, tínhamos estado a trabalhar no combate a um incêndio em Castelo de Paiva”, recorda Armindo Neves, atualmente com 69 anos de idade. “Chegámos a Espinho cerca da 1h00 da madrugada e estava vento forte de leste e muito quente. Fomos dormir e cerca da 6h40 ouvi a sirene do quartel dos Bombeiros Voluntários de Espinho a tocar”, prossegue o antigo bombeiro.
Notícia disponível, na íntegra, na edição de 02 de maio de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.