Fotografia: Francisco Azevedo/DE

A Assembleia Municipal (AM) de Espinho autorizou, na sessão de ontem [22 de maio] a participação do Município de Espinho numa empresa que vai ser criada pela Área Metropolitana do Porto (AMP) tento em vista a melhoria do serviço prestado pela rede de transportes UNIR.

Luís Canelas, vice-presidente da Câmara Municipal, explicou que “o que está em causa é a criação de uma empresa que vai abrir quadros técnicos especializados”, para colmatar as falhas que têm existido desde a criação da rede. O autarca, que tem participado nas reuniões na AMP e que garante “protestar contra aquilo que está mal”, recordou que “o Município de Espinho foi o primeiro a demonstrar preocupação, foi o primeiro a criar um gabinete de apoio aos utentes”, tendo já feito chegar as preocupações e falhas à AMP.

A participação do Município na empresa a constituir foi aprovada, mas a Assembleia Municipal não deixou de recordar as dificuldades com que os passageiros de Espinho têm que lidar. Jorge Carvalho, vogal da CDU, defendeu que a rede de transportes “nasceu mal e continua mal”, recordando que “os autocarros passam vazios, as pessoas não sabem quando passam ou quanto têm que pagar”.

Já Abel Santos, do PSD, recordou as recentes alterações que a UNIR realizou na linha 9038, que faz a ligação entre Camalhões e Espinho, e que desde a passada segunda-feira, 20 de maio, sofreu alterações de horário.

Recorde-se que colmatar todas as incompatibilidades que foram identificadas pelos agrupamentos de escolas foi o grande objetivo para esta alteração, mas, tal como a Defesa de Espinho noticiou, o primeiro autocarro da manhã, nesta linha, parte de Camalhões às 8 horas e chega à ultima paragem, a Escola Manuel Gomes de Almeida, cerca das 8h52. No entanto, as aulas, neste estabelecimento escolar, iniciam às 8h30.

Esta incompatibilidade com o início das aulas foi alertada pelo vogal do PSD. Segundo Abel Santos, “a rede UNIR fez adaptações à sua atividade para haver um reforço nas horas de ponta para colmatar as incompatibilidades encontradas pelas escolas, mas em Espinho isso não é uma realidade, antes pelo contrário”.

“Verificamos que o autocarro chega à Gomes de Almeida cerca de 20 minutos depois das aulas iniciarem. Ou a UNIR ignorou o município de Espinho ou então isto é demasiado mau para ser verdade”, afirmou Abel Santos.