A pouco mais de duas semanas do arranque da nova edição do FEST – Festival Novos Realizadores | Novo Cinema, que este ano comemora duas décadas, já estão escolhidos os filmes que vão marcar a abertura e o encerramento do festival.
O filme Sons, de Gustav Moller, marca o início desta edição, agendada para dia 24 de junho, trazendo a exibição de um thriller psicológico “que acompanha uma agente penitenciária idealista que enfrenta um dilema moral quando um jovem do seu passado é transferido para a prisão onde trabalha”. Este trabalho, que já venceu o prémio de Young Cinema no Festival de Hong Kong, foi também um dos destaques da competição principal do último Festival de Berlim.
Já para o encerramento, que acontece a 1 de julho, o trabalho Memories of a Burning Body, da costa-riquenha Antonella Sudassassi Furniss foi o grande escolhido. Em destaque está a violência doméstica e a repressão da mulher na sociedade latina.
Um festival que é, segundo a organização, “imperdível”, e que apresenta “uma programação rica e diversificada”, tornando-se ainda mais especial por se comemorarem os 20 anos de existência.
Para assinalar a data, a organização preparou uma seleção de longas e curtas-metragens que ao longo das duas décadas marcaram o festival e são resultado de projetos apresentados em Espinho.
Em destaque está também o filme Farha, do realizador Darin J. Sallam, que tem estado nas bocas do mundo devido à tentativa que Israel tem feito para o censurar na conhecida plataforma Netflix. O filme aborda a “violência por trás da criação do estado de Israel em 1948”, mas este não é o único trabalho a ser alvo de censura, já que durante vários anos Israel tem “censurado filmes sobre a NAKBA, que significa catástrofe em árabe, é o termo utilizado pelos palestinianos para designar o êxodo e a despossessão em massa do seu povo durante a Guerra Árabe-Israelita de 1948”.
Artigo disponível, na íntegra, na edição de 6 de junho de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€
