O SC Espinho abraçou, há cerca de um ano, um novo projeto no andebol. Ao fim de quase três décadas, o clube agarrou, novamente, a modalidade na versão feminina que havia perdido e que, durante este período, esteve nas mãos da Associação Desportiva Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira (também extinta) e até ao ano passado, na Académica de Espinho.
Crescer de forma consciente e bem estruturada é o principal objetivo da secção de andebol do SC Espinho no setor feminino. “Era uma vontade que tínhamos já há alguns anos em retomar o feminino, mas não o fizemos porque havia um acordo de cavalheiros com a Académica de Espinho”, explicou o diretor da secção de andebol dos tigres, Ricardo Dias.
“Durante o período de pandemia soubemos que a Académica iria deixar de ter andebol feminino e, por isso, decidimos avançar. Quisemos captar as atletas e não perder o andebol feminino na cidade”, afirmou o responsável pelo andebol tigre.
Este novo projeto arrancou com muito poucas jogadoras e com duas equipas nos escalões de sub-13 e de sub-15. No entanto, atualmente, o número está muito perto das três dezenas.
“A ideia é a de continuarmos a trabalhar na formação de jovens atletas, fazendo crescer estas jogadoras para que um dia possamos ter uma equipa de seniores femininos”, referiu Ricardo Dias, acrescentando que, até chegar lá, “o trabalho passa por introduzir, gradualmente, os vários escalões etários, começando pelas atletas mais pequeninas até chegarmos às jogadoras juniores. É um trabalho que ainda levará algum tempo, mas a ser conseguido irá dar os seus frutos”, sublinha o responsável.
Tornar o andebol apetecível para as jogadoras
A aposta do clube foi trazer dois técnicos com experiência no andebol feminino. José Pedro Pinto, que esteve envolvido no início do projeto do Maiastars, em 1999, é o coordenador técnico. Adelino Pinto, que teve um papel fundamental na formação do andebol da Académica de Espinho, está na equipa técnica dos tigres.
“Se estivéssemos a pintar uma parede, o trabalho que estamos a desenvolver poderá equiparar-se à primeira camada de tinta”, metaforizou o coordenador do andebol feminino alvinegro. “Estamos a tentar enraizar as atletas e os pais neste desporto e a tentar fazer com que as jovens jogadoras adquiram, o mais rapidamente possível, as bases do andebol para que possam começar a construir o jogo em equipa”, explicou José Pedro Pinto.
Reportagem completa na edição de 10 de novembro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.