Tem 58 anos e uma carreira já longa no mundo policial. Com voz assertiva, Rosa Maria Gomes, conta que nunca pensou seguir outra profissão e, embora admita algumas dificuldades, voltaria a fazer a mesma escolha. Começou como agente da PSP, mas, de posto em posto, subiu até chegar a comissária, a sua função na Divisão Policial de Espinho.
Está na profissão há mais de 30 anos. Sempre quis ser polícia?
Sim, sempre. Ingressei na Escola Prática de Polícia em 1987 com essa convicção. Sempre quis esta profissão e, se fosse hoje, voltaria a fazer a mesma escolha. Há pouco tempo tive a oportunidade de responder a um inquérito e uma das questões era sobre isso mesmo, pelo que respondi que voltaria a escolher a mesma profissão.
Houve alguém que lhe serviu de exemplo ou inspiração na hora da escolha da carreira?
Não, não tenho ninguém na família. Encarei-o como uma vocação, algo que sempre quis.
Onde iniciou a carreira?
Completei a Escola Prática de Polícia em Torres Novas e acabei por ser colocada na Divisão Policial de Cascais. Ingressei na carreira policial como agente e estive nessa divisão até concorrer ao posto seguinte que, na altura, se designava de subchefe. Voltei para a escola prática mais seis meses e fui promovida a segunda subchefe, em 1992, e colocada em Alcântara.
Também deu aulas?
Sim. Concorri para a escola prática e fui monitora durante o curso de integração dos ex-guardas fiscais que foram incluídos na PSP e na GNR. No entanto, em 1995, concorri a chefe de esquadra. Dois anos depois acabei por ser promovida a subcomissária, função que desempenhei até 2017. Atualmente sou comissária.