Vários espinhenses não compreendem a quantidade de lixo que fica acumulado ao longo dos quarteirões onde se realiza a Feira Semanal. O problema principal que apontam são os resíduos mais pequenos que acabam levados pelo vento. Mas há quem ache uma consequência natural do evento e até quem diga que Espinho não é dos piores casos.
A segunda-feira é de atividade, azáfama, passeios e compras. No entanto, depois da agitação do dia, o espaço ganha outra aparência. Mais vazio e já sem a multidão, o local onde se realiza a Feira Semanal perde o fulgor das horas de vendas, para dar lugar à calmaria, mas trazendo consigo sempre associada uma imagem de sujidade que muitos não gostam de ver na cidade.
Ana Palmira vive na Avenida 24. Da varanda do seu apartamento tem vista privilegiada para os quarteirões onde há vários anos se realiza a feira e confessa estar habituada ao estado em que fica o local ao fim do dia.
“Adoro a nossa feira, traz muita vida a Espinho e é algo que todos devemos apoiar, mas também ninguém pode negar que provoca uma sujidade grande em toda esta zona. Há dias em que não gosto de ver porque o lixo acaba por se espalhar e vai parar a outras ruas, mas também compreendo que é uma consequência de haver tanta atividade”, afirma Ana, confessando que “depois de passarem os camiões do lixo e dos funcionários varrerem o local tudo volta à normalidade”.
Cliente assíduo da secção de fruta e legumes da feira de Espinho, Afonso Sousa valoriza o esforço de alguns feirantes para a manutenção e limpeza do local, mas afirma que nem todos procedem da mesma forma. “Basta dar uma volta pela zona mais ao fim do dia quando os feirantes forem embora. Há muitos que colocam o lixo junto num canto, mas outros não têm problemas em deixar um caixote em cada lado”, aponta o reformado.
Artigo disponível, na íntegra, na edição de 13 de julho de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€