Foi este domingo (12 de dezembro) que o Orfeão de Espinho voltou aos palcos da cidade com o tradicional concerto de Natal. O grupo coral subiu ao palco da sala do Casino Espinho para a atuação natalícia e, no final do espetáculo, o maestro Samuel Santos confidenciou à Defesa de Espinho a importância do regresso aos concertos na cidade.
O Orfeão de Espinho foi dos únicos grupos no país a manter a atividade durante todo o período de confinamento. O maestro acredita mesmo que os ensaios foram “a chave para manter os coralistas vivos e motivados”, tendo em conta a faixa etária mais elevada de grande parte dos integrantes. “O ensaio era o único momento em que muitas daquelas pessoas viam os amigos e creio que isso foi uma ajuda à sobrevivência durante o confinamento”.
Com o fim do longo período de isolamento chegou o regresso aos concertos, que aconteceu em julho, na Maia, a convite da Orquestra Sinfónica. Mas para a coletividade era muito importante regressar à cidade-berço. “Aproveitámos o natal como o mote para este momento”, explica o maestro Samuel Santos. “Este concerto de natal foi também importante pela carga emotiva que traz para os músicos, os cantores e para a cidade que encheu a casa. Mesmo com medo do vírus, a sala encheu-se de pessoas com vontade de ouvir o Orfeão”, acrescentou o músico que dirige o grupo coral há quase 12 anos.
Na primeira fila da sala do Casino Espinho esteve o presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, bem como a vereadora Leonor Fonseca, o que, para o maestro, é “uma mensagem muito clara de que quer apoiar a cultura e o Orfeão também”.
Depois deste concerto de Natal avizinha-se o espetáculo de Ano Novo, que foi adiado devido às restrições impostas pela Direção Geral de Saúde. O maestro falou ainda sobre o projeto em que o Orfeão de Espinho está a trabalhar. “Será uma “opereta fausto neviana” onde a cultura da arte xávega estará muito presente, num projeto que junta o teatro à música de Espinho”, revelando que a intenção da coletividade é fazer uma temporada de apresentações com o nome “Amores da Beira-Mar”, nome alusivo ao título da coletânea de músicas de Espinho compostas pelo músico espinhense Fausto Neves, “Canções da Beira-Mar”.
