PeerCare significa “cuidar dos nossos pares”, traduzindo do inglês. E foi por isso mesmo que surgiu. O espinhense Aníbal Couto sentiu necessidade de cuidar de um dos seus pares e deparou-se com lacunas na área da saúde que esta aplicação (app) pretende colmatar. O projeto ainda não está concluído, mas a ideia já foi finalista em concursos nacionais e internacionais.
“O meu sogro teve uma doença cancerígena bastante grave e foi submetido a uma cirurgia de cerca de 12 horas, muito delicada e complexa”, começa por explicar Aníbal Couto. “Tudo isto passou-se em plena pandemia, por isso, não podíamos acompanhá-lo. E a falta de informação que sentimos fez com que perguntasse à minha esposa, que é enfermeira, qual a causa desta mesma ausência”, continua. “Foi aí que surgiu a dúvida de por que é que não há forma online de ter acesso a esta informação? De saber se o nosso familiar está bem, se correu bem a operação, se já acordou, se já comeu…”. Esta foi a situação que levou o espinhense a refletir sobre a necessidade da criação de uma aplicação como a PeerCare. O auxílio para facilitar e melhorar a comunicação entre paciente, família e equipa médica foi a base de um projeto que já está a dar que falar no meio dos profissionais de saúde. “São informações tão simples, mas que conseguem acalmar a parte mental da família que está em casa a aguardar novidades”, reflete Aníbal Couto.
Informático há cerca de 22 anos, começou a desenvolver e evoluir esta ideia numa disciplina de Inovação, na pós-graduação em IT Management, que tirou na Porto Business School. Juntamente com um colega, candidataram-se a dois concursos e foram finalistas em ambos: o Patient Innovation e o Bi Award – Boehringer Ingelheim. “Neste momento já temos uma primeira da aplicação que vamos lançar e fazer um estudo de atração em certos hospitais em Portugal, num ambiente controlado”. A aceitação da ideia por parte dos profissionais de saúde tem sido “muito boa”, o que agrada ao criador do projeto, já que “há dois grandes focos: o primeiro é ajudar as pessoas e o segundo é interligar de uma forma muito mais simples e mais prática os profissionais de saúde e as pessoas”.
Aníbal Couto garante que o projeto tem “toda a solução às lacunas completamente fundamentada e que demonstra de uma forma clara as necessidades existentes no mercado”, tendo estas soluções sido encontradas através de inquéritos a profissionais de saúde.
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