A família acabou por marcar uma influência. Miguel cresceu a ouvir música em casa e, nem a partida, ainda pequeno, para a Venezuela o afastou do sonho. No regresso, fez formação, atuou em vários palcos e pertenceu a várias bandas. Hoje, aos 47 anos, aproveita os benefícios das redes socias para mostrar o seu trabalho e só deseja o reinício da atividade.
A paixão começou ainda em criança. Ao conviver com a avó, também interessada pelo mundo da música, Miguel Alexandre percebeu cedo que era este o mundo que queria para si. A música que os pais ouviam ajudaram-no a desenvolver a paixão e até a “gostar de um estilo próprio”.
Nasceu em Silvalde e foi por lá que viveu até aos sete anos, partindo, nessa altura, com os pais para a Venezuela. O sonho continuava presente. Por isso, mais tarde, quando volta à terra de origem, Miguel persiste no sonho.
A dedicação era muita, tal como conta, mas foi na Academia de Música de Espinho que teve a sua formação na área. A partir daí, tudo começou. “Trabalhar no mundo da música era um sonho e consegui concretizá-lo. A dedicação existia só por mim”, recorda o músico que, além de tocar instrumentos, também se dedica à vertente do canto.
Os primeiros passos foram dados em 1990, tinha apenas 17 anos. O gosto pela área foi crescendo cada vez mais e Miguel começou a pisar os tão desejados palcos. Em 1995, lançou o ‘Miguel & Miguel’, um duo que impulsionou a sua carreira e do qual fez parte durante sete anos.
“Toco teclado e sintetizador, mas acho que é o canto que é a minha mais-valia na música”, afirma Miguel Silva, mais conhecido como Miguel Alexandre no mundo do espetáculo. “Toco instrumentos desde os meus 17 anos, mas a parte de cantar está presente desde pequeno.”
Recorda que já teve oportunidade de tocar em vários palcos do país e marcar presença em muitas festas. Depois da primeira experiência, o músico envolve-se na banda ‘Duplo MS’, onde atua como teclista, mudando no ano de 2004 para a conhecida banda ‘SOS’.
“Já estive presente em muitos lugares do país como, por exemplo, danceterias, como a Turol, em Albergaria a Velha, Coliseu de Braga, Bomba Latina em Famalicão, Sobrado em Felgueiras, Semáforo em Ovar, Glamour em Coimbra, Bolero na Maia, entre muitas outras. Da mesma forma, também atuo em casamentos, festas em muitos arraias, aniversários e tantos outros serviços”, enumera Miguel Alexandre, partilhando um pouco da sua vida enquanto artista que perdura até hoje.
Esteve ainda presente na banda ‘Fusiforme’, na qual trabalhou 18 meses, mas a partir daí o rumo tomou outra direção. Começou a compor os seus próprios temas, direcionando-se para um gosto musical próprio. A partir daí dá a cara pelo seu projeto individual, editando cinco CD’s.
Quando a pandemia chegou e deixou de lado todas as festas e concertos, Miguel decidiu aproveitar o mundo da internet para continuar a mostrar o seu trabalho, mas mostrá-lo através das redes sociais já não era uma novidade. “Antes da pandemia, eu já fazia algumas atuações no Facebook, mas com esta situação acabei por criar e apresentar uma página oficial para que muita gente me pudesse seguir, de forma mais profissional”, conta o artista, acrescentando que “a reação das pessoas anteriormente já era ótima, mas, neste momento, está a ser muito positivo, até porque já tenho na minha página mais de oito mil seguidores”.
Segundo Miguel, o apoio sentido estende-se até ao estrangeiro, mas esta nova forma de atuar, mostrando-se através do computador, não o inibe. “Apoiam-me muito e tem havido uma interligação muito grande, quer por Portugal, Ilhas, França, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Canada, Estados Unidos e até outros países”. Nestes momentos, “não há vergonha, nem dúvidas, até porque a experiência já é muta”, afirma Miguel Alexandre.
Com o sonho de ainda poder vir a atuar em muitos países e, assim, mostrar a sua música a muitos emigrantes, Miguel Alexandre só espera agora pelo reinício da atividade e poder dar seguimento a todos os seus projetos musicais.