O restaurante/marisqueira Espinho Mar foi inaugurado a 5 de fevereiro de 1987, pela mão de João Rodrigues Freitas. “Quando comprei o prédio não foi com o objetivo de fazer aqui um restaurante, mas sim de instalar um armazém para o meu trabalho como eletricista. No entanto, achei que ter este espaço à beira-mar para armazém seria um desperdício e criei o Espinho Mar”, conta-nos o sócio-gerente. Marisco é o rei do espaço, mas a açorda tem também um lugar especial.

“Gostava de hotelaria e de restauração, sobretudo de cozinhar, e decidi dedicar-me ao restaurante. Convidei o Manuel Pereira, que trabalhava no antigo ‘Pobrezinho’, para vir trabalhar comigo. Fizemos uma excelente equipa e o restaurante teve um sucesso enorme”, recorda João Freitas, acrescentando que a qualidade servida gerou, com naturalidade, “muita procura por parte dos clientes”.

Segundo o proprietário do Espinho Mar, o restaurante começou a trabalhar de uma forma muito original. “Vendíamos todo o tipo de marisco cozido e grelhado e, como especialidade, só tínhamos o arroz de marisco. Conseguíamos ter todos os nossos clientes a comer o marisco e o nosso arroz. Não tivemos mais nada durante cerca de oito anos”, afirma. João Freitas diz que os mariscos mais vendidos no restaurante eram a percebe, a navalheira, o camarão da costa, a gamba e a sapateira. Mas, “depois de consumirem esse marisco, os nossos clientes rematavam com o tal arroz”.

A ideia que tradicionalmente se tem é a de que o marisco é muito caro, mas João Freitas diz que esse conceito “está errado”, sobretudo no seu restaurante. “Os nossos preços sempre foram acessíveis. Esta casa não é apenas para as pessoas com mais possibilidades financeiras. Aliada à qualidade, sempre houve quantidade e, ainda atualmente, aqueles que cá vêm gostam dos nossos pratos e das nossas iguarias, nomeadamente da nossa açorda de marisco, porque o preço também é convidativo”, esclarece.

Artigo completo na edição de 17 de junho de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.