A 47ª edição do Festival Internacional de Música de Espinho (FIME) prossegue na sexta-feira com um concerto de música erudita, interpretado pelos franceses Jean Rondeau (cravo) e Thomas Dunford (alaúde). No dia seguinte, o baixista Richard Bona atua na Academia de Música de Espinho, acompanhado pela Orquestra de Jazz de Espinho, sob a direção musical de Daniel Dias e Paulo Perfeito.
O programa do recital, que junta dois dos mais criativos intérpretes da dita “música antiga”, apresenta danças francesas dos reinados de Luís XIV e Luís XV. Neles, músicos proeminentes foram atraídos para a corte e desenvolveram uma atividade marcante. Instrumentos como o alaúde, a viola da gamba e o cravo destacaram-se, tocando danças barrocas agrupadas sob o nome de “suite” ou “ordre”.
Por seu turno, Richard Bona é um dos músicos mais versáteis do panorama internacional. Essa capacidade de se adaptar e alimentar a música tornou-o um dos parceiros mais importantes de músicos com perfis muito variados. O estilo eclético e criativo deste artista natural dos Camarões tornou-se uma referência para vários encontros entre o jazz e as músicas populares de África. Os sons elétricos e imprevisíveis da diáspora africana ocupam o centro do concerto de Richard Bona com a Orquestra de Jazz de Espinho, uma formação de jovens músicos que se tem apresentado com artistas de craveira internacional, num processo artístico e pedagógico muito especial.
