Nascido em 1960, António Saiote já regista “meio século a tocar clarinete”. O maestro e professor da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo nasceu em Loures (Lisboa), mas vive em Espinho há três décadas. Já trabalhou em mais de 30 países, sempre acompanhado pelo clarinete.
Critico do sistema, afirma que “a educação não trabalha com a cultura”. O premiado clarinetista é também o pai da ex-atleta de trampolins da Académica de Espinho, Sílvia Saiote.

Como e quando é que encetou a carreira musical?
Comecei a cantar quando tinha seis anos. O meu pai foi sempre dedicado às associações e eventos e organizava festivais e espetáculos de variedades para apoiar os bombeiros e outras instituições de Loures. Tínhamos a banda dos bombeiros, mas eu não queria ir para a banda porque até ao sol se tocava… Mas o meu pai convenceu-me a ir para a banda, tendo-me dito que, se fosse bom músico, iria para a banda do exército e assim já não iria para a Guerra do Ultramar. Eu tinha acompanhado muitas vezes os meus pais à espera de amigos em caixões, ou estropiados, vindos da guerra, e então convenci-me que o melhor era integrar a banda.

O clarinete foi o seu primeiro e único instrumento?
Geralmente os que têm mais aptidões musicais nas bandas vão para o clarinete, porque também é o instrumento mais difícil.

Mas poderia ter optado, por exemplo, pelo piano, embora não seja naturalmente um instrumento de banda…

Entrevista completa na edição de 8 de julho de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por Dentro por apenas 30€.