Foi apenas há cinco anos que descobriu a paixão que hoje o alimenta: a pintura. Desenhador projetista de profissão, Gustavo Sanches de Castro, de 35 anos e natural de Espinho, largou a rotina e entregou-se, por gosto, à criação de quadros e objetos diversificados. Apesar de não ter curso de artes, dedica-se à arte abstrata e é no seu quarto, o seu pequeno mundo, que Gustavo se desafia a si próprio e de onde saem todas as suas criações.

Quando despontou a sua vontade para o mundo das artes?

Sou desenhador projetista de formação e sempre estive ligado às artes. No entanto, nunca tinha descoberto uma área em específico que gostasse a sério. Em 2016, devido a umas questões de família, cheguei a casa e encontrei uma tela e tinta. Aí foi um bocadinho como uma explosão. Fiz o primeiro quadro e, na brincadeira, comecei a pintar. Há três anos, decidi deixar o meu trabalho enquanto desenhador projetista e agarrar isto como profissão. Hoje sou apenas artista plástico.

A paixão estava adormecida?

Eu sempre gostei de fazer coisas e de criar. Em criança, desmontava os brinquedos e estava sempre a tentar mexer em tudo. Por isso, acho que a vontade de criar já vem um bocadinho da infância, mas a pintura foi de um momento para o outro.

Como é que descreve as suas criações?

A minha pintura é abstrata. Funciono com o erro, começo num erro e chego à obra final, através de tentativa-erro. Eu não penso no projeto de início, começo a trabalhar pelo fundo, posso começar a branco, passar para vermelho e acabar em preto. E tudo funciona muito pelo o que eu sinto.

Entrevista disponível, na íntegra, na edição de 29 de julho de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por Dentro por apenas 30€