Duas semanas depois [suspensa a 3 de janeiro], a feira semanal regressou à aparente normalidade. Os comerciantes ainda estão com o olhar naquela que, à partida, seria uma feira para um bom negócio, logo após as festividades do novo ano. Na primeira feira do ano eram esperados os emigrantes e alguns turistas que, por norma, procuram fazer as compras na mais antiga e na maior feira de Portugal.
Os feirantes não conseguem avaliar os prejuízos que tiveram por não se ter realizado a feira semanal a 3 de janeiro, mas dizem que o negócio, nesta primeira feira que realizaram em 2022 “está fraco”. No entanto, asseguram que em outros anos, a primeira feira semanal de um novo ano era muito frequentada por estrangeiros e, sobretudo, pelos emigrantes que vinham passar o Natal e o novo ano ao nosso país. A suspensão da feira semanal foi uma medida “desproporcional e inexplicável” e “sem cabimento”, uma vez que “o espaço da feira, ao ar livre, é bem mais seguro do que o de um centro comercial”, dizem alguns dos feirantes que viram este seu primeiro dia do negócio de 2022 em Espinho muito afetado.
Joel Cruz, feirante há mais de três décadas, vende ferragens e panelas. “Já vendo na feira desde o tempo dos meus pais. Saía daquela escola [Escola Básica Espinho 2] e vinha para aqui ajudar os meus pais”, recorda o feirante.
“Não consigo entender por que motivo não se realizou a feira, na passada semana”, lamentou aquele feirante que mora em Espinho, não sabendo, contudo, quantificar o prejuízo que teve. “Não trabalhar constitui sempre um prejuízo para quem vive disto”, disse aquele feirante, acrescentando que “as contas estão sempre a aparecer para nós as pagarmos e se não vendermos, não temos dinheiro para as liquidar”, referiu, ainda, Joel Cruz.
Reportagem completa na edição de 13 de janeiro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.