Há 25 anos: lesões em catadupa marcam descida dos tigres

Jogo entre o SC Espinho e o Farense no Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas, na época 1996/1997 (Foto: Arquivo DE)

Há 25 anos, o SC Espinho registou uma das suas maiores crises no principal escalão do futebol português, a então denominada 1.ª Divisão [atual I Liga]. Depois um percurso extraordinário durante a primeira volta, o mês de fevereiro de 1997 marcou a hecatombe. Os tigres, até aí, estavam na quarta posição da principal prova do futebol nacional e era a equipa sensação. Daí que era impensável que viessem a descer de divisão. Caetano, Filó e Pedro Silva, antigos jogadores dos tigres, recordam a época de má memória e a desilusão depois de uma primeira volta em grande.

No final da primeira volta, a equipa espinhense ocupava o quarto lugar da tabela classificativa, com 27 pontos, atrás do FC Porto (47), Sporting CP (34) e do SL Benfica (33). O Rio Ave, que nessa altura estava condenado à descida de divisão com apenas sete pontos, acabou por terminar o campeonato livre da descida com 35 pontos, mais dois que o SC Espinho. O FC Porto foi campeão nacional com 85 pontos, mais 13 pontos que o segundo classificado, o Sporting CP.

Na segunda volta, a equipa tigre, a partir do primeiro jogo, com o Sporting CP em Alvalade e que perdeu por 4-0 em 1 de fevereiro de 1997, registou, apenas, três empates (Boavista FC, U. Leiria e GD Chaves) e uma vitória no último jogo do campeonato ante o Estrela da Amadora, por 2-1 e que sucedeu a uma pesada derrota ante o Salgueiros por 5-0. Foram 13 derrotas na segunda volta, 11 das quais consecutivas entre 16 de fevereiro e 11 de maio. Pelo meio, os tigres ainda foram eliminados da Taça de Portugal pelos Dragões Sandinenses.

O último jogo de Zinho como treinador dos tigres foi a 11 de maio de 1997, após a derrota ante o Setúbal por 0-3. Entretanto, Edmundo Duarte, que treinava os Dragões Sandinenses, assumiu o comando do SC Espinho como treinador, e registou desde aí, dois empates – em Leiria (2-2) e em Chaves (1-1) –, uma pesada derrota diante o Salgueiros (5-0) e uma vitória no Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas por 2-1 com o Estrela da Amadora.

Falta de condições de trabalho

Agostinho Caetano, que era capitão e uma das referências do plantel, vindo do Tirsense e que passara pelo FC Porto, recorda-se da época que marcou o final da sua carreira.

Em 5 de janeiro de 1997 foi a última vitória dos espinhenses na primeira volta, no Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas, ante a U. Leiria, por 1-0 e uma partida que ficou na memória do jogador, que acabou por ser substituído aos três minutos devido a uma lesão que o afastou dos relvados até meados de abril.

“Recordo-me perfeitamente desse tempo e desse jogo que acabou por ser dramático para mim, pois tive de sair devido a uma rutura de ligamentos. Lesionei-me

Reportagem completa na edição de 3 de fevereiro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.