Foto: Sara Ferreira

José Pedro Andrade caiu de paraquedas no voleibol e escalou até chegar à seleção nacional. O voleibolista que se formou nos clubes espinhenses representa agora o Esmoriz GC e chegou à seleção nacional, mas tem planos futuros que não passam só pela modalidade.

Em conversa com a Defesa de Espinho, o atleta falou do apoio da família e de novas paixões que podem definir o seu rumo de vida profissional.

Como começou a prática desportiva na sua vida?

Comecei na natação, porque como sou da Granja e estudava no Porto. Tinha a piscina perto de casa e acabei por ir para lá só para praticar algum desporto, mas não competia. Até que, quando eu tinha uns 16, 17 anos, um amigo meu da escola disse-me: “anda para o voleibol, porque tu és alto. Vens experimentar e, se gostares, ficas”. Eu fui e comecei a marcar lá uns pontitos e foi assim que comecei a jogar voleibol na Associação Académica de Espinho.

A natação não o cativava tanto como cativou o voleibol?

Não. O voleibol cativou-me logo e ainda por cima recebi um convite para ir para os juniores do Sporting Clube de Espinho depois de jogar pela Académica. No meu primeiro ano de juniores, segundo de voleibol, fomos campeões nacionais e isso criou um bichinho enorme. Até porque logo depois de ser campeão, comecei o meu segundo ano de juniores e ia também aos seniores. Acabei por fazer assim um bom início de carreira, digamos.

Entrou muito tarde no mundo do voleibol. Sentiu que isso foi um entrave?

A nível de aspetos técnicos, sim, foi um entrave. Mas com dedicação, e como acho que treino bem, fui conseguindo aos poucos evoluir e tento sempre ouvir quem sabe mais e melhor do que eu. Fui adquirindo a técnica aos poucos e parece que resultou.

E começou logo a jogar como central?

Esse meu amigo que me convidou a jogar por eu ser alto, fê-lo porque faltava uma posição na equipa que era um central. E vamos ser honestos: um miúdo de 17 anos a entrar no voleibol quase que só pode ir para central. Isto porque não tem a técnica de ir para zona 4, ou oposto, ou líbero ou passador.

E como eu comecei logo a central, nunca aprendi a receber. Mas em situação de jogo, se a bola vier para mim, tento receber, claro.

Entrevista completa na edição de 10 de fevereiro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.