O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgou, recentemente, que mais de 90% do território português estava em seca severa ou extrema a 15 de fevereiro. Uma situação naturalmente preocupante para os produtores de produtos alimentares hortícolas e frutícolas, que afeta não só a produção e a qualidade dos mesmos, mas, também, o preço final para o consumidor.
Não está prevista chuva para os próximos dias e a temperatura do ar deverá manter-se acima do valor médio e normal para a época do ano. O mais recente boletim de seca divulgado pelo IPMA dá conta de valores percentuais de água no solo bastante inferiores ao normal, com muitos locais a “atingirem o ponto de emurchecimento permanente”. E prevê-se o agravamento da situação de seca meteorológica, com aumento das áreas nas classes de seca severa e extrema.
Sérgio Costa tem uma produção de mirtilos e de framboesas, em Guetim, e não augura melhores dias. “As consequências são mais do que evidentes”, afirma aquele produtor que garante que “se não houver condições para regar as plantações isso irá refletir-se no preço e na qualidade da fruta”.
Sérgio Costa considera que os pequenos produtores de fruta “se não conseguirem ter condições [a água] para trabalhar com os pequenos frutos, estará comprometida, seriamente, toda a cultura”.
Artigo completo na edição de 3 de março de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.