O Viet Vo Dao, arte marcial vietnamita praticada em Espinho desde 1979, aparece em Portugal pelas mãos da Associação Portuguesa de Artes Marciais (APAM). Fundada em 1977, pela APAM têm por lá passado gerações de espinhenses que tiveram, pelo menos, um breve contacto com o Viet Vo Dao. Mas atualmente os tempos são de crise, também para esta modalidade, que se vê confrontada com os males que a pandemia trouxe para o desporto, afastando os praticantes.
Em 1974, a Associação Académica de Espinho acolheu a modalidade de karaté, filiada na Soshinkai, que era uma associação de karaté muito forte em Portugal. Mais tarde, fruto de algumas divergências internas, um grupo ligado a esta modalidade, fundou a APAM, em 1977, com instalações próprias, arrendadas, na Rua 16. Pouco tempo depois, surgiu um movimento ligado ao Viet Vo Dao que teve como finalidade juntar, na Europa, todos os mestres de origem vietnamita. Este movimento visava dar a conhecer as artes marciais do Vietname. A APAM aderiu, assim, ao Viet Vo Dao e passou a dedicar-se, exclusivamente a esta modalidade a partir de 1979.
“Na altura havia, na Europa, alguns mestres muito evoluídos, como Pham Xuan Tong. Mas o mestre Tran-Huu-Ha, de origem vietnamita, tinha praticado outras artes marciais, que era o responsável na Soshinkai, já introduzia armas”, conta o mestre de Viet Vo Dao espinhense,
Carlos Tavares, que é um dos fundadores da modalidade em Espinho na APAM.
“Entre o Karaté e o Viet Vo Dao havia alguma incompatibilidade de estilos e a forma de execução”, explica Carlos Tavares, acrescentando que “a forma de se trabalharem os movimentos também era bastante diferente. Por isso, em 1979 aderimos, totalmente, ao Viet Vo Dao que tinha tido uma grande expansão na Europa desde 1974”.
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