Centralidade dos espaços torna-os mais apelativos (Fotografia: Sara Ferreira)

Por se situarem em zonas centrais da freguesia, o largo da Igreja de Silvalde e a zona envolvente ao largo da Capela de Nossa Sra. do Mar ainda vão recebendo alguns cidadãos, mas o largo da Capela de Nossa Sra. das Dores resiste com menos visitas.

Sentada à sombra, fugindo do sol intenso que se faz sentir, Maria de Lurdes conversa com quem passa. Aguarda que o neto se canse das brincadeiras, das correrias e dos escorregas do parque infantil, bem junto à Igreja de Silvalde e ao edifício da Junta de Freguesia. Devido ao encerramento da escola pelo período de férias de verão, Maria de Lurdes acaba por ficar com o neto vários dias da semana. Apesar de admitir que, por vezes, se torna cansativo, esta silvaldense gosta de o acompanhar e, assim, sair mais vezes de casa. “Por norma, venho de dois em dois dias ao cemitério. Mesmo quando não ficava com o miúdo vinha sempre. Agora que ele está em casa tenho mais tarefas, mas arranjo sempre um tempinho para cá vir. Dou a minha voltinha, arranjo as flores e venho pôr água porque agora como está muito calor elas não aguentam tanto”, conta esta cidadã de 66 anos. “Como venho ao cemitério, o meu neto quer vir sempre comigo para dar aqui umas corridas e, às vezes, se for possível, brincar um bocadinho no parque que tem aqui no largo. Deixo-o estar ali uns 20 minutos a brincar e eu aproveito para descansar para depois fazer a caminhada até casa”.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 28 de julho de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€