Fotografia: Sara Ferreira

Com o propósito de aliar a paixão automobilística à valorização da cidade, o Clube Automóvel de Espinho (CAE) tem vindo a desenvolver vários eventos ao longo de mais de três décadas de existência. Ricardo Fardilha, o presidente do Clube desde 2018, falou ao Defesa de Espinho sobre a natureza e os desafios da instituição.

Qual é o objetivo concreto do CAE?

O CAE tem sensivelmente 31 anos e a ideia nunca foi ser um clube na vertente competitiva, mas sim estar ligado à promoção das atividades turísticas. Dentro desta ideia inicial há duas partes que sobressaem: todo-o-terreno e automóveis antigos, que são a nossa especialidade. A ideia para o futuro é pensar num modelo diferente. Tivemos a vantagem de ser dos primeiros clubes automóveis, mas agora surgiram muitos grupos, que organizam eventos e que estão relacionados com o que fazemos. Acabam por ser a nossa concorrência. Algo que está na génese do CAE é dar a conhecer o nome do Espinho. Isso é algo que atingimos com sucesso, sendo que parte dos nossos sócios não são de cá, mas quiseram ficar ligados a nós, e acabam por estar ligados à terra. Sem ter nada contra os outros clubes, é isto que nos separa deles. Eles têm os atletas, nós temos os participantes.

Pode-se se dizer que há a componente desportiva, mas não a competitiva….

Exatamente, acaba por ser um ponto de encontro de gostos, mas com esta vertente também de dar a conhecer Espinho. Uma das provas míticas que é demonstrativa da essência dos eventos é a prova Espinho-Chaves, de Casino a Casino. Há sempre um ponto em comum: a partida ou a chegada é a nossa cidade, é Espinho. Tem que ser assim.  

A componente turística é algo habitual nos outros clubes?

Não, às vezes é o lazer. Nós temos um ponto que é Espinho, que nos limita no raio de ação. Eventualmente vamos ter de repetir trajetos. Os outros não têm isso. Se for preciso arrancar no Porto, arranca-se. Outra coisa que nos caracteriza é a qualidade, algo que torna os custos elevados. Sabemos que isso traz-nos dificuldades, mas também repercute entre ter um evento em que se paga 20 ou 200 euros.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 26 de janeiro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€