Linha do Norte sem comboios levou os espinhenses a recorrerem a autocarros

Todos os comboios suburbanos foram suprimidos (foto: Defesa de Espinho/DR)

A estação ferroviária de Espinho, na linha do Norte, esteve completamente vazia ao longo do dia de hoje [9 de fevereiro], na sequência da greve dos trabalhadores da CP, que começou na quarta-feira e que se prevê que se prolongue até 21 de fevereiro.

Ao início da manhã de hoje [quinta-feira] ainda foram muitos os que procuraram o comboio como meio de transporte, ou por desconhecimento da greve, ou na esperança de que houvessem algumas composições suburbanas no sentido do Porto ou de Aveiro.

A solução, para os utilizadores habituais do comboio, foi o recurso aos autocarros, facto que levou a algum congestionamento às primeiras horas da manhã junto ao edifício do Tribunal de Espinho.

Os passageiros que quiseram viajar para Aveiro, tiveram de se deslocar para a cidade do Porto, para aí encontrarem um autocarro com destino a Aveiro.

“Esta manhã foram muitas as pessoas que vieram à estação e que acabaram por se ir embora, frustradas”, conta à Defesa de Espinho a funcionária do bar da estação ferroviária, Conceição Lopes que, também ela teve de recorrer ao transporte de autocarro, quando habitualmente o faz de comboio.

“Muitas das pessoas desconheciam a greve, até porque não foram afixados avisos na estação”, diz Conceição Lopes. “Dirigem-se ao bar a perguntar se há comboios e se a bilheteira vai abrir”, conta Conceição Lopes.

“Esta greve veio complicar a vida de muita gente”, admite Vítor Paiva que trabalha na estação de Espinho como segurança.

“Tem sido um dia sem movimento de pessoas, à exceção da manhã, altura em que muitos vieram para cá na esperança de haver alguns comboios. Contudo, apenas se têm visto passar os comboios de mercadorias e todos os suburbanos têm sido suprimidos”, conta Vítor Paiva.

Nos ecrãs da estação ferroviária consta a informação da supressão de todos os serviços de comboios suburbanos e no sistema de som, é anunciada esta informação.

Além dos maquinistas da CP, estão igualmente hoje em greve os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) para exigir aumentos salariais que respondam ao aumento do custo de vida.