O futuro da Linha do Vale do Vouga foi tema para uma conferência realizada no Europarque, em Santa Maria da Feira, que contou com a participação de Pedro Meda (Instituto da Construção), Nuno Freitas (ex-presidente da CP e especialista em transportes e vias de comunicação) e Paulo Melo (diretor de Departamento de Tráfego e Mobilidade da Infraestruturas de Portugal).
Manter a linha do Vale do Vouga em bitola métrica (a atual) é a solução defendida por todos os especialistas. A construção de uma interface entre a estação de Espinho-Vouga e a estação ferroviária da linha do Norte poderá ajudar a incentivar um acréscimo na utilização do comboio. Uma ideia que já está em cima da mesa e que poderá passar pela construção de uma via, semelhante à do metro, na zona da requalificação entre os atuais terminais.
“O facto de não haver interface em Espinho é dissuasor da mobilidade que se pretende para a linha do Vale do Vouga”, sustentou Pedro Meda, na sua intervenção.
Para o especialista, “é também fundamental aumentar a velocidade do comboio em todo o percurso, suprimindo passagens de nível”. Outra ideia para a reabilitação e modernização passa por manter a bitola métrica, permitindo “o desenvolvimento da linha do Vouga integrada na malha urbana da região” e, consequentemente, o “aumento significativo da procura do transporte ferroviário”.
Segundo dados apresentados, a linha ferroviária do Vouga serviu, em 2019, cerca de 600 mil passageiros, número que deverá aumentar nos anos seguintes.
Pedro Meda defende “a renovação integral da via e a automatização de passagens de nível o que “dará um contributo para a melhoria da qualidade do serviço”.
Artigo completo na edição de 9 de fevereiro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.