João Matos, vogal do BE, na Assembleia Municipal de Espinho acusa Executivo de se furtar a "esclarecimento político" (Fotografia: Sara Ferreira)

Depois do “terramoto político que Espinho viveu”, o Bloco de Esquerda defende que a equipa presidida por Maria Manuel Cruz “denota uma convivência pacífica com o desconhecimento” e acusa-a de “incapacidade política”.

O Bloco de Esquerda (BE) acusa Maria Manuel Cruz, presidente da Câmara Municipal e a sua equipa de “uma manifesta incapacidade política de leitura da própria realidade”. A crítica é feita por João Matos, vogal da Assembleia Municipal de Espinho, e surge depois dos bloquistas terem recebido resposta a um requerimento, enviado em janeiro, que questionava a ação do executivo municipal relativamente ao grupo Pessegueiro, depois do conhecimento da Operação Vórtex.

No documento enviado à presidente da autarquia constavam várias perguntas, nomeadamente sobre a atuação em matérias de licenciamentos, autorizações ou concessões relacionadas com o grupo Pessegueiro, e a dúvida se estas nunca teriam sido abordadas em reuniões. Na resposta ao requerimento efetuado pelo BE, ao qual a Defesa de Espinho teve acesso, Maria Manuel Cruz refere que “os referidos assuntos integravam o lote de delegação de competências no presidente, pelo que a sua tramitação e aprovação não previa que os mesmos fossem apreciados em reunião da Câmara Municipal”. Além disso, afirma que “até ao presente momento, o Município de Espinho não dispõe de qualquer informação oficial sobre os atos alegadamente praticados ou sobre a sua indiciação”.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 16 de fevereiro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€