A necessidade de incluir mais de quatro milhões de euros do saldo de gerência da execução orçamental de 2022, no orçamento para o ano em curso, levou a Assembleia Municipal a reunir-se na noite de ontem [28 de fevereiro] para a discussão da proposta da primeira alteração orçamental modificativa aos Documentos Previsionais de 2023.

José Carvalhinho, presidente da assembleia, acabou por assumir um papel de protagonismo ao proceder à explicação da proposta de alteração do Executivo socialista, uma posição criticada pelo PSD, que preferia que os esclarecimentos fossem prestados pela presidente da autarquia.

Considerando-o como “um excelente orçamento”, José Carvalhinho afirmou que este “começa a dar outro tipo de respostas àquilo que são as necessidades do Município”, pois “já não é um orçamento de grandes obras”. Assim, o aumento da dotação de despesa no montante de 4 739 425,18 euros para o ano em curso, será distribuída nas rubricas e projetos inscritos no Orçamento de Despesa e nas Grandes Opções do Plano.

Da longa lista de projetos para qual se destina o dinheiro, destaca-se a Requalificação do Canal Ferroviário de Espinho, obra conhecida como Recafe.  Classificando-a como “a grande obra que exauriu os cofres do Município”, José Carvalhinho explicou que a ela será destinada a quantia de mais de um milhão de euros.

A requalificação das escolas foi outra das escolhas do Executivo, recebendo mais de 84 mil euros, tal como a modernização do equipamento informático com o montante de mais de 580 mil.

Em destaque está também a atribuição de uma grande parcela à beneficiação e melhoramento dos edifícios municipais. Segundo José Carvalhinho, “as condições em que os trabalhadores da Câmara Municipal trabalham são vergonhosas e não são admissíveis no século XXI”, por isso, “pela primeira vez, existe um reforço de verbas destinadas exatamente àquilo que é a remodelação dos armazéns gerais, tal como a aquisição de material”, referiu.